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HEDA: Médicos desabafam sobre falta de condições de trabalho 

Dr. José Osvaldo/Imagem: Proparnaiba.com

O Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí (SIMEPI) iniciou ontem (28) a paralisação da classe e permanecerá até o dia 02 de dezembro do corrente ano. A paralisação é um alerta por conta do descumprimento da Lei da carreira médica, insalubridade e sem reajuste salarial.
O que a categoria reivindica é a correção inflacionária dos salários, tendo em vista que a lei que rege o salário mínimo dos médicos data de 1961, encontrando-se, portanto, em desacordo com a realidade atual.
A pauta de reivindicações está voltada para uma melhor assistência à população, mais recursos para a saúde, estrutura de trabalho, melhor remuneração para os profissionais, segurança para o exercício da profissão, dentre outras.
A classe médica na cidade de Parnaíba, como também em todas as regiões do estado está desassistida, os profissionais tendem a ser penalizados pela população por não terem como prestar o atendimento necessário, muitas vezes por falta de estrutura que o governo não oferece.
Contra-cheque que segundo médicos refletem a desvalorização salarial
Esquecemos o valor intrínseco da profissão e o valor de exercê-la, que é lidar com vida, com seres humanos. Enquanto isso, o médico, preocupado em sobreviver, atende cada vez mais pacientes, recebendo cada vez menos. Para que haja a manutenção e o funcionamento eficaz dos programas de prevenção e tratamento de doenças é fundamental a valorização do serviço médico.
Ações de valorização profissional facilitam um maior retorno à população. Sendo que uma das metas primordiais para o bom atendimento é a plenitude do acompanhamento médico.
De acordo com o representante do sindicato dos médicos na cidade de Parnaíba, o ortopedista Dr. José Osvaldo Gomes, o primeiro ponto a ser discutido quanto à paralisação é uma frequente queixa comum da população em relação a desassistência à saúde. Este problema vem se agravando gravemente e os médicos tem sido responsabilizados por estas questões, onde a classe não são os responsáveis direto, apesar de serem eles quem recebem a população doente sem as verdadeiras condições de oferecer os direitos que estes precisam em relação a saúde.
A entidade médica resolveu encarar a situação de frente e buscar alternativas, e a paralisação é uma forma, já que não há outro mecanismo, não restou opção à classe médica de paralisar como atitude de alerta para a sociedade e convidar a população a entrar na luta para que sejam melhoradas as condições de assistência a saúde de toda a sociedade piauiense, ressaltou Dr. Osvaldo.
Com relação ao Hospital Estadual Dirceu Arcoverde, Osvaldo Gomes disse que o estado só tem essa unidade funcional aqui no norte do Piauí, e que atende toda a região, inclusive os estados vizinhos. É uma demanda muito grande para um estabelecimento hospitalar. Nessa condição, o hospital que funciona em caráter precário de urgência e emergência, não tem como parar suas atividades na sua totalidade, isso se já é ruim, viraria um caos se acontecesse. No entanto, serão paradas as atividades complementares, que são os ambulatórios, são atendimentos não-emergentes. 
Tacyane Machado

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