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O DIA EM QUE O REITOR DANÇOU O CONGO

O 13° Salão do Livro do Piauí foi aberto ontem à noite com um cardápio variado de livros e um resgate que fez o distinto público saltar da cadeira e cair na dança. A solenidade de abertura do evento contou com a apresentação de um grupo de Congos de Oeiras, que fez um espetáculo absolutamente surpreendente.
A dança dos congos é mais uma herança africana. Ela chegou ao Piauí pelos negros  que acompanhavam o primeiro governador da província, João Pereira Caldas, no início da colonização do Estado. A dança é uma louvação a Nossa Senhora do Rosário e a São Benedito, dois santos venerados pelos negros, e mantida até hoje, de geração a geração, pelos moradores do bairro Rosário, localizado na primeira capital do Piauí.
Não sem algum sacrifício, o grupo vem sendo mantido, com figurino renovado e disposição de fazer inveja às bandas de axé. Por iniciativa do Professor Cineas Santos, os Congos de Oeiras vieram se apresentar na abertura do Salipi, mostrando uma encenação que reúne música, dança, teatro e história.
Ao final da apresentação, quando todos se encontravam extasiados diante do espetáculo que mostrou um pouco do nosso passado e de nossos costumes, o grupo surpreendeu convidando o público a dançar junto com eles no palco. E a platéia, que até então só aplaudia, não se fez de rogada e atendeu prontamente o chamado. Em pouco tempo, professores, alunos e até mesmo o reitor da UFPI, José Arimatéia Dantas, seguiam os passos dos congueiros, provando que a arte e a cultura possuem o condão de unir todos os povos, não importa a raça ou o status social.
A propósito, o Salão fica aberto até o dia 14 de junho no Espaço Rosa dos Ventos da Universidade Federal do Piauí.
Cláudia Brandão

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