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Produção agrícola piauiense deverá crescer 18% este ano

Plantação de soja nos Cerrados piauienses (Foto:Francisco Leal)

Segundo dados da Cepro, em parceria com o IBGE, o Piauí é o terceiro estado nordestino na produção de soja.

A previsão de crescimento na produção agrícola do Piauí é de 18,68%, segundo boletim analítico divulgado pela Fundação Cepro, em parceria com o IBGE, dada a estimativa de safra equivalente a 3,27 milhões de toneladas. De acordo com o economista e presidente da Cepro, Cezar Fortes, tal número representa um novo recorde no nível da produção agrícola estadual. 
“Confirma-se, ainda, a grande importância do cultivo da soja e do milho, que representam, em conjunto, 93,08% da produção agrícola do estado; secundariamente, o arroz e o feijão também merecem destaque dentro do contexto estadual”, explica o presidente.
O Piauí, desta forma, segundo a pesquisa, passa a ter uma crescente importância regional no que se refere ao setor agrícola. Qual seja: torna-se o 3º Estado nordestino na produção de soja, sendo superado pela Bahia e Maranhão; o 2º Estado nordestino na produção de arroz, sendo superado pelo Maranhão; o 3º maior produtor regional de milho, sendo superado pela Bahia e Maranhão; e o 4º maior produtor regional de feijão, ficando atrás da Bahia, Ceará e Pernambuco.
De acordo com os números apresentados, a soja confirma-se como a principal cultura da balança comercial externa do Piauí, com previsão de incremento de 20,97% em relação ao ano anterior. “Esse forte desempenho deve-se ao crescimento da produtividade que apresentou rendimento médio de 2.707 kg/ha, contra 2.375 kg/ha, na safra de 2014, uma expansão significativa de 14%, fruto da introdução de novas variedades de sementes, mais resistentes a eventuais déficits hídricos, segundo produtores consultados pela Cepro”, detalha Cezar Fortes. A produção estadual de soja deverá registrar 1,8 milhão de toneladas.
Por outro lado, a área plantada, segundo estimativa do IBGE, teve um crescimento de somente 6,15%, alcançando 665.347ha no primeiro semestre de 2015. “Segundo produtores consultados pela Fundação Cepro, a queda nos preços internacionais da soja inibiu uma maior expansão da área cultivada do produto, compensada parcialmente pela queda do câmbio que favoreceu aos exportadores brasileiros; a expectativa atual é de crescimento maior da área dedicada ao produto na próxima safra”, explica o economista Cezar Fortes.
Culturas em números
O milho, com previsão de crescimento de 19,94% na produção agrícola, apresenta, por outro lado, uma estimativa de queda na área plantada de 0,93%. A produção poderá atingir 1.243.345 t favorecida pela alta tecnologia no agronegócio, para uma área plantada no estado, de 373.705 ha. A elevação nos preços de mercado do milho no mercado nacional tende a estimular o cultivo do produto.
O arroz, segundo o boletim, irá registrar uma queda na produção da ordem de 25,14%, fruto do veranico em janeiro do corrente ano, além de redução da área plantada nos projetos agrícolas, tendo em vista a alternância de culturas. Assim, o produto irá atingir uma produção de 112.364 t e uma área plantada de 77.918 ha.
Quanto ao feijão, existe uma tendência de crescimento de 39,48%, com previsão de safra de 77.081t, apesar da queda de 11,55% na área plantada, totalizando 189.484 ha. Tais resultados são frutos das melhores condições climáticas do presente ano para esta cultura. A produtividade média passou de 417 para 510 kg/h. 
A cultura do algodão tem previsão de incremento de 17,06% na produção agrícola e de 21,86% na área plantada, tendo em vista a retomada das áreas trabalhadas nos Cerrados piauienses. A produção deverá alcançar 35.249 t e a área plantada de 14.039 ha. A boa rentabilidade da cultura, aliado à necessidade do revezamento no uso do solo, está estimulando o cultivo do produto no Piauí.
A fava e a mamona ainda são de fraca expressão no quadro agrícola estadual tanto no tocante à quantidade produzida como na área plantada. Sobre a fava, a estimativa é de uma produção de 1.037 t, que representa 68,34% de incremento. A área plantada passa a 2.081 ha, crescimento de 17,30%. A mamona poderá alcançar 659 t, com crescimento de 608,60% e a área plantada poderá atingir 713 ha, incremento de 26,19%.

Rosa Rocha

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