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LUIS CORREIA Deputados pedem prioridade do Governo Federal para o Porto de Luís Correia

A falta de investimentos fortes do governo federal no estado do Piauí – mesmo registrando elevada taxa de crescimento com relação a outros estados, e a não inclusão do porto de Luiz Correia entre as suas prioridades e programas como o PIL (Programa de Investimento em Logística) provocou reclamações por parte de parlamentares que integram a Bancada no Congresso Nacional.
Durante a audiência pública realizada na Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados, para discutir a atual situação do porto de Luiz Correia (PI), vários deputados se manifestaram a respeito do tema e apontaram as alternativas para retomada da obra.
Fim da novela
“O Brasil é o País das obras inacabadas”, criticou o deputado Marcelo Castro (PMDB), lembrando que “quando não se quer resolver um problema, sempre se cria uma comissão”, fazendo referência à proposta do ministro Edinho Araújo de constituição de uma comissão formada por representante do governo federal, do governo do Piauí, técnico e consultores para analisar o problema da obra.
Segundo Castro, o porto do Piauí só teve investimento expressivo na década de 70. E disse que ‘essa novela’ precisa ter um fim. “Vamos dar continuidade ou senão a União para com a obra. Se é para resolver, que se crie as condições. Agora, se é inviável o porto que se pare com essa novela”, disse, desejando uma saída. “Espero que agora a gente encontre uma solução definitiva com esse encontro do ministro no nosso estado”.
Discriminados
O deputado federal Júlio César (PSD) disse que como presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara tem acompanhando a questão de investimento do governo no Piauí, e em especial, no porto de Luís Correia.
Ele destacou a decisão do governo estadual inclui as obras da Transnordestina, da ferrovia Altos-Luís Correia, o aeroporto de Teresina e projetos de irrigação entre as suas prioridades, e acredita que essas iniciativas somam com a reativação das obras do porto. Para ele, “a privatização do porto é difícil, porque há muito que se investir”. E propões recolocar a obra no PAC “como prioridade para ser concluída, pois nós nos sentimos discriminados pelo governo federal em todos os investimentos País”.
Único sem porto
O deputado federal Heráclito Fortes (PSB) foi o mais crítico entre os parlamentares. Questionou os gastos do governo federal com o porto de Mariel, em Cuba. “Se investiu R$ 400 milhões ali, quando esses recursos deveriam ser investidos no porto do Piauí”.
Ele criticou a má gestão dos recursos pelas empresas que estiveram à frente da obra em outros governos. “Temos que apurar. Nós precisamos saber como tudo isso aconteceu, ouvir o pessoal do Tribunal de Contas da União, o procurador Lage. E buscarmos alternativas para continuar e concluir a obra, pois o Piauí é o único estado do Brasil que não tem um porto e essa obra tem que ser adaptada à realidade do estado”.
Rever o projeto
Para o deputado federal Átila Lira (PSB), que é presidente da Comissão do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara Federal, o porto de Luís Correia “é um desencanto, e ao mesmo tempo um encanto”.
“Não vejo solução do jeito que o ministro (Edinho Araújo) está propondo – de constituição de uma comissão. O porto não tem como receber recursos privado. Então temos que rever o projeto do governo para o desenvolvimento de uma região que foi prejudicada pelo próprio governo”.
“Sem tirar dos outros”
Já o deputado federal Assis Carvalho (PT) depositou sua confiança na proposta do ministro de constituição de uma comissão para avaliar a situação do porto “Que seja realmente uma comissão que funcione”.
Para ele, o porto do Piauí deve ser construído, sem que o governo federal tenha que tirar investimento de outros estados. “Queremos o porto, mas sem prejudicar outros estados, sem tirar investimentos de projetos de outros lugares do País”. Assim como deputado Júlio Cesar, Assis sugeriu do ministro Edinho a disponibilização de todo o histórico do porto de Luís Correia.
Marco decisório
A deputada federal Iracema Portela (PP) disse que “o porto nos une”, fazendo referência ao envolvimento de toda a bancada (com parlamentares de vários partidos) na luta pela retomada da obra. E sugeriu os deputados “devem somar esforços para viabilizar a conclusão dessa obra”.
O deputado Mainha (SDD) elogiou a iniciativa do debate, a união de forças políticas no Congresso em favor do porto e destacou o potencial produtivo do Piauí, desde a produção de cera de carnaúba, os recursos minerais, a energia proporcionada pelos fortes ventos do litoral (eólica) e o crescimento da produção agrícola. Por fim acentuou a importância do empreendimento para o estado. “O porto é um marco decisório para o desenvolvimento do Piauí”.
jornaldaparnaiba

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