A menos de um ano dos Jogos, o esporte olímpico brasileiro se mostrou um tanto vulnerável em uma modalidade pouco conhecida por aqui, mas que já é esperança de medalha. Atletas da canoagem se recusaram a participar do Evento Teste, que aconteceu na semana passada, no Rio de Janeiro, e provocaram um verdadeiro mal-estar com o protesto. O ministro do Esporte George Hilton confirmou na última quarta-feira (9) que tratou pessoalmente de resolver a polêmica e voltou a cobrar maior entendimento entre atletas e a Confederação Brasileira de Canoagem.
O ministro do Esporte revelou que ligou para o presidente da CBCa João Tomasini pedindo uma solução para o problema naquela ocasião. Já no 5º Fórum Nacional do Esporte, em São Paulo, Hilton disse que espera que não haja mais este tipo de problema até os Jogos Olímpicos.
“Falei para ele (Tomasini) que precisa ter um diálogo com os atletas. Nós não podemos desprezar atletas que estão tendo um desempenho importantíssimo e são promessas para o próximo ano. É uma questão de interlocução entre os atletas e confederação. Tomasini falou para mim que vai trabalhar junto com os atletas e o Ministério do Esporte tem apoiado”, resumiu Hilton.
Primeiro brasileiro campeão mundial de canoagem e tido como um verdadeiro fenômeno do esporte aos 21 anos, Isaquias Queiroz foi a voz do protesto dos atletas contra o que consideravam falta de respeito e de transparência no repasse de recursos administrados pela CBCa. Além dele, Nivalter Santos, Erlon Silva e Ronilson Oliveira manifestaram o descontentamento com as políticas da entidade.
Em menos de cinco anos como canoísta profissional, Isaquias tem três medalhas de ouro (C-2 1.000, C-1 500 e novamente C-1 500) e três de bronze (C-1 1.000, C-2 200 e C-1 200) em Mundiais. Na competição última competição em Roma, o brasileiro participou da prova C-1 200 apenas com o intuito de dar uma vaga ao País no Rio 2016. A especialidade do atleta, e foco na Olimpíada, é na C-1 1.000.
Ándré Avelar, do R7
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