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ONU ajuda PI a montar 1ª delegacia para combater feminicídio e crimes virtuais

A delegada Eugênia Vila anunciou que o Piauí será o primeiro estado brasileiro a criar uma delegacia de combate ao feminicídio, que englobará também os crimes de informática atrelados ao gênero, além das investigações de mulheres desaparecidas e ameaçadas por organizações criminosas. Em reunião realizada nesta quarta-feira (3), com a presença da representante da ONU Mulher, Wânia Pasinato, o governo iniciou as ações para criar também uma diretoria que abarcará todas as nove delegacias da Mulher no Estado. 
O papel da ONU Mulher nesse processo é estabelecer as diretrizes das investigações, para identificar e fazer um filtro dos tipos de casos que devem ser investigados nessa delegacia. A unidade vai averiguar qual o tipo de crime, e analisar, por exemplo, se houve luta corporal, se havia relação de proximidade entre a vítima e o acusado, para que seja qualificado como crime de gênero. 
“O que destaca o Piauí é que a delegacia já vai ser de investigação do feminicídio, antes mesmo da Lei ser criada. Acreditamos que um núcleo especializado e o apoio da delegacia, poderão aprimorar a resposta do estado a esse tipo de crime, através de uma investigação mais apurada e um processo judicial melhor, mais rápido e mais bem elaborado”, destacou Wania Pasinato.
A reunião, que acontece no Palácio do Karnak, foi conduzida pela vice-governadora Margarete Coelho (PP), também com a participação da secretária de Educação do Estado, Rejane Dias (PT) e da secretária especial de políticas públicas para Mulher do Ministério da Igualdade Racial e Diretos Humanos, Liliam Huziok. A vereadora Rosário Bezerra (PT) também esteve na reunião.
A representante da ONU Mulher acrescenta que os casos que antes eram considerados "passionais" também estão dentro da esfera do feminicídio, assim como os estupros seguidos de morte.  “O que vai mudar é a forma como a perícia vai ser feita, para olhar para este tipo de crime”, ressalta Wania.
Em Tereisna, já existe um núcleo de combate ao feminicídio, mas não tão abrangente como a unidade que será criada. A nova unidade também deve funcionar independente da Delegacia de Crimes virtuais, que continua realizando suas atividades. 

Jordana Cury, Ubiracy Sabóia e Lyza Freitas

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