O juiz Teófilo Rodrigues Ferreira, da 3ª Vara Cível de Teresina, decretou suspensão parcial das atividades da torcida organizada do River-PI Esporão do Galo, em decorrência de ação ingressada pela promotora de Justiça Maria das Graças do Monte, do Ministério Público Estadual. Em sua decisão, o juiz mantém as atividades do grupo dentro do estádio durante as partidas, mas impõe a entrada dos membros e seus acessórios até uma hora e meia antes do início dos jogos, além da permanência no palco dos eventos durante uma hora após o apito final.
O juiz recebeu o pedido da Promotoria e decidiu que a ação se encaixa como caso de segurança pública. Argumentando a decisão, o magistrado registrou que o objetivo da suspensão é conter a violência nos estádios do estado sem prejudicar a manifestação cultural. Como sentença, o representante do poder judiciário determinou a suspensão parcial das atividades da torcida. A organizada deve entrar no estádio uma hora e meia antes do horário marcado para o jogo. Após a partida, devem esperar a evacuação total dos demais torcedores e aguardarem um intervalo de uma hora para deixarem a praça esportiva. Dentro do estádio no prazo estipulado, continuam permitidas as manifestações características da torcida organizada. Para um caso de descumprimento da decisão, uma multa de R$ 5mil reais foi estipulada. Além disso, o magistrado marcou para o dia 11 de outubro uma audiência de conciliação entre as partes, quando serão avaliados os efeitos da medida neste período.
Promotora Graça Monte foi autora da ação que resultou em suspensão (Foto: Wenner Tito )
A promotora Maria das Graças do Monte, da 32ª Promotoria de Teresina, ingressou com a ação após considerar o envolvimento da Esporão do Galo em algumas brigas nos jogos com o River-PI como mandante. De acordo com o pedido, a representante do Ministério Publico considerou que alguns membros da organização foram identificados em atos violentos contra outras torcidas de times visitantes. Segundo ela, as confusões ocorreram em abril, junho e julho. Maria das Graças anexou ainda na ação os ataques dos membros da torcida aos policiais militares e viaturas. Segundo ela, atitudes como essas, estão trazendo danos e prejuízos para o futebol.
- As atitudes dos membros da Esporão do Galo têm causado prejuízos irreparáveis aos eventos esportivos realizados na capital, acarretando na violação dos direitos do consumidor. A organização está promovendo a criação de um ambiente hostil e violento que impede o livre e saudável aproveitamento, por parte dos demais torcedores, dos eventos esportivos em que participa o River Atlético Clube – declarou.
Ao GloboEsporte.com, o presidente da Esporão do Galo, Fábio da Silva Santos, informou que irá se pronunciar e tomar medidas judicias cabíveis após a organizada ser intimada.
Stephanie Pacheco e Wenner Tito
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