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Estado tem 4 mil servidores aptos para aposentadoria e quer concurso pós-crise

No quadro de servidores do governo estadual, 4.382 funcionários recebem abono de permanência, benefício concedido a quem já adquiriu direito à aposentadoria e continua trabalhando. Além disso, os números apontados pelo cálculo atual do Estado é que nos próximos anos a quantidade de servidores aptos à aposentadoria vai crescer substancialmente. Até fevereiro deste ano, o beneficio gerou gastos de R$ 2.191.277,65. 
Para não afetar a qualidade da prestação dos serviços públicos, o secretário de Administração do Piauí, Franzé Silva, revelou ao O DIA que a equipe do governador Wellington Dias (PT) já planeja um cronograma de concursos públicos que devem ser realizados assim que o Piauí alcance segurança financeira para realizar contratações. 
“Nossa preocupação não é apenas com os servidores em abono de permanência. Sabemos que nosso corpo de servidores tem envelhecido e nos próximos anos a quantidade de aposentados será muito grande. Isso cria uma preocupação porque temos consciência que os serviços essenciais precisam funcionar bem e para isso precisa de servidores”, pontuou Franzé Silva. 

O gestor explica que o abono de permanência é uma das saídas encontradas pelo governo para não ter um maior déficit de pessoal. “São trabalhadores que optam por recebê-lo, estão em idade produtiva, tem experiência e tem ajudado”, argumenta. 
Apesar da necessidade de contratação, o secretário explica que é preciso aguardar a estabilidade econômica proporcionar condições ao Governo para realizar os concursos públicos. “Superando essa crise econômica, esse cenário de dificuldades, o plano do governador é organizar os concursos. Mas hoje nos preocupamos com o fluxo de caixa e não podemos errar na conta. Não dá pra sair por aí fazendo concurso, é preciso buscar um equilíbrio, principalmente na previdência e quando tivermos segurança financeira contratar”, afirmou o secretário.
Discussão aumenta busca por aposentadorias
Atualmente, a reforma da previdência planejada pelo governo federal e analisada no Congresso Nacional tem elevado a busca pelos benefícios na Prefeitura Municipal de Teresina e no Governo do Estado do Piauí. Só neste ano, na capital, 116 processos de pedido de aposentadoria foram requeridos junto à Prefeitura. Já no Governo do Estado, além do aumento de 10% na requisição de aposentadorias, há um aumento no pedido de certidões de contribuição por quem, em algum período, pertenceu aos quadros do governo estadual. 
De acordo com o diretor da Fundação Piauí Previdência, Marcos Steiner, há dois movimentos que podem explicar o aumento na procura pela aposentadoria. “Há essas discussões também sobre a reforma, que causa certa apreensão nas pessoas, mas também tem aumentado pessoas requerendo aposentadoria em razão de ter chegado ao tempo normal, no Piauí, estamos numa fase em que boa parte do serviço público vai se aposentar”, explica Steiner. 
No caso da Prefeitura de Teresina, segundo o supervisor de Pessoal da Secretaria Municipal de Administração e Recursos Humanos (Sema), Lyndon Johnson Dantas, há um notável aumento da procura pela aposentadoria por parte dos servidores neste ano. “Eles estão apreensivos quanto à reforma previdenciária que está em debate nacionalmente. Mas quem já tem direito adquirido, com idade e tempo de contribuição, não precisa se preocupar, pois não devem ser afetados pelas possíveis mudanças”, pondera Lyndon Johnson
 João Magalhãeas

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