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"Cuidar de carros" é opção para sustento de famílias em Teresina

“Não tive outra oportunidade de trabalho desde que ganhei a liberdade do sistema prisional, porque as empresas têm preconceito com ex-presidiários, o que dificulta para que eu consiga me estabilizar no mercado”, fala. 
Sem alternativa, e com uma família para sustentar, Ocílio Lopes da Silva contou com a ajuda do cunhado para conseguir o emprego que tem hoje. Atualmente, ele trabalha na Avenida Maranhão e o pouco que ganha é suficiente para as despesas diá- rias. Antes de ser detido, ele também trabalhava como lavador de carros, mas em um posto, o que lhe rendia um salário mínimo no final do mês. 
Segundo ele, o valor era pouco, mas algo certo. Diferente de trabalhar na informalidade, onde ele fica dependendo da procura dos clientes. “Tem dias que não é tão bom, o que acaba comprometendo as contas em algum momento. Mas isso não me desanima, e como já me acostumei com esse trabalho e com a rotina, eu gosto”, conta. 
O guardador de carros Cleilton Alves da Silva (37) trabalha há 28 anos no Centro de Teresina. Ele conta que começou na profissão aos nove anos e desde então nunca mais largou. Sem experiência em outras áreas e por nunca ter trabalhado formalmente, ele acredita que esta seja sua única alternativa para manter sua família. 
“Eu comecei aqui porque não tinha outro emprego e como eu nunca trabalhei em empresa privada, nessa altura do campeonato é difícil conseguir. Aqui é bom, porque no final do dia eu tenho um trocado e dá para ajudar nas despesas de casa e a sustentar minha esposa e filhos”, destaca. 
Juarez Cardoso de Macedo (42) também trabalha guardando carros no Centro de Teresina há mais de oito anos. Ele trabalhava como ajudante de serviços gerais e, após perder o emprego, decidiu tentar um serviço informal, vez que não encontrou outra ocupação em empresas privadas. 
“Um colega me ajudou a encontrar uma vaga aqui no Centro e acabei ficando. Comecei como um bico e hoje é meu emprego fixo. Aqui é melhor, porque tem dinheiro todo dia, não tenho patrão e eu faço meu horário, chegando 7h e saindo 18h, de segunda a sábado”, fala

 Isabela Lopes

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