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Piauí lidera ranking de subutilização da força de trabalho: quase 40%

Novos números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua indicam que a taxa de desocupação no Brasil foi estimada em 13%, havendo queda no número de desempregados em todas as regiões, exceto no Nordeste, que permaneceu estável.

Os melhores resultados foram observados nas regiões Norte (onde taxa de desocupação caiu de 14,2% para 12,5%) e Centro-Oeste (de 12,0% para 10,6%).
Piauí tem a maior taxa composta de subutilização da força de trabalho (Foto: Pedro Ventura / Agência Brasília)
No Nordeste a taxa de desocupação variou de 16,3% para 15,8%, no Sudeste passou de 14,2% para 13,6% e na região Sul foi de 9,3% a 8,4%.
Os novos dados da Pnad Contínua foram divulgados na manhã desta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Pernambuco (18,8%) e Alagoas (17,8%) registraram as maiores taxas de desocupação no segundo trimestre de 2017, em comparação com o trimestre anterior. 
Em Pernambuco, a taxa passou de 17,1% para 18,8%; e em Alagoas, de 17,5% para 17,8%. Na outra ponta, as menores taxas de desocupação foram registradas em Santa Catarina (7,5%), Rio Grande do Sul (8,4%) e Mato Grosso (8,6%). 
Para o total do país, a taxa caiu de 13,7% para 13,0%, na mesma comparação entre o segundo e o primeiro trimestre de 2017.
Como em Pernambuco e Alagoas, no Piauí a taxa de desocupação também aumentou - passando de 12,6%, no trimestre de janeiro a março, para 13,5%, no trimestre de abril a junho (veja os índices de todos os estados na tabela à direita).
Conforme o novo levantamento da Pnad Contínua, as faixas etárias de 18 a 24 anos e de 25 a 39 anos compõem os maiores contingentes de pessoas desocupadas - respectivamente 32% e 35,1% do total de desocupados.
Piauí lidera ranking de subutilização da força de trabalho
A taxa composta de subutilização da força de trabalho no país passou de 24,1%, no primeiro trimestre, para 23,8%, no segundo trimestre, com a maior proporção sendo verificada no Nordeste (34,9%) e a menor na região Sul (14,7%). 
O Piauí lidera este ranking negativo, com 38,6% de taxa composta de subutilização da força de trabalho. Segundo o IBGE, este índice corresponde ao somatório dos desocupados, dos subocupados por insuficiência de horas e dos que fazem parte da força de trabalho potencial.
Logo após o Piauí, a Bahia (37,9%) e o Maranhão (37,7%) são as outras duas unidades da federação que apresentam as maiores taxas compostas de subutilização da força de trabalho.
Por outro lado, os estados onde são observadas as menores taxas são Santa Catarina (10,7%), Mato Grosso (13,5%) e Paraná (15,9%).
Desocupação entre brancos é menor que a média nacional; entre pretos e pardos supera a média 
Decompondo os dados por cor ou raça, a taxa de desocupação das pessoas que se declararam brancas (10,3%) ficou abaixo da média nacional. Porém, entre pretos (15,8%) e pardos (15,1%) ficou 3,8 e 3,1 pontos percentuais acima, respectivamente.
Norte e Nordeste têm menores índices de empregados do setor privado com carteira assinada
A população ocupada no segundo trimestre de 2017, estimada em 90,2 milhões de pessoas, era integrada por 68,0% de empregados (incluindo empregados domésticos), 4,6% de empregadores, 24,9% de pessoas que trabalharam por conta própria e 2,4% de trabalhadores familiares auxiliares. Nas regiões Norte (31,8%) e Nordeste (29,8%), o percentual de pessoas que trabalham por conta própria era superior ao verificado nas demais regiões.
Ainda no segundo trimestre de 2017, 75,8% dos empregados do setor privado tinham carteira de trabalho assinada. As regiões Nordeste (60,8%) e Norte (59,0%) apresentaram as menores estimativas desse indicador.
Apenas 30,6% dos trabalhadores domésticos têm carteira de trabalho assinada
Entre os trabalhadores domésticos, a pesquisa mostrou que 30,6% deles tinham carteira de trabalho assinada. No mesmo trimestre de 2016, essa proporção havia sido de 33,2%.
Tanto o rendimento médio real (R$ 2.104) de todos os trabalhos quanto a massa de rendimento médio real (R$ 185,1 bilhões) ficaram estáveis no 2º trimestre de 2017.
Há mais mulheres do que homens na população desocupada
No segundo trimestre, o percentual de mulheres na população desocupada chegou a 50,8%. Enquanto os homens são 49,2% do total de desocupados.
Em quase todas as regiões, o percentual de mulheres na população desocupada ficou superior ao de homens, com exceção do Nordeste, onde este índice foi de 48,2%.
Na região Sul, o percentual de mulheres no total de desocupados foi o maior - chegando a 53%.
Rendimento médio real dos trabalhadores brasileiros chegou a R$ 185,1 bilhões/mês
No segundo trimestre de 2017, a massa de rendimento médio real de todos os trabalhos foi estimada em R$ 185,1 bilhões de reais, registrando estabilidade em relação ao trimestre anterior (R$ 184,2 bilhões).
O montante refere-se ao somatório dos valores habitualmente recebidos por mês, pelas pessoas de 14 anos ou mais, ocupadas na semana de referência da pesquisa.
Na comparação com o segundo trimestre de 2016 (R$180,9 bilhões), a estimativa também não apresentou variação estatisticamente significativa.
Regionalmente, o Sudeste apresentou a maior massa de rendimento real. Dos 185,1 bilhões/mês recebidos pelos trabalhadores no país, mais da metade (R$ 95,6 bilhões) ficou com as pessoas ocupadas na região Sudeste.
Na comparação com o segundo trimestre de 2017, nenhuma grande região apresentou variação significativa na massa de rendimento. Em relação ao segundo trimestre do ano anterior, todas as regiões registraram variação positiva.
 Cícero Portela

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