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Piauiense Isaque de Moura lança coletânea de contos e crônicas

O escritor piauiense Isaque de Moura apresenta, no dia 01º de dezembro, seu livro de estreia, “No meio do tiroteio”, publicado pela Editora Kazuá (SP). O lançamento será realizado a partir das 19h, na Cafeteria O Guarany, localizada na Av. Aviador Irapuã Rocha, nº 1212, Jóquei, em Teresina (PI).


Coletânea de 21 contos e crônicas, “No meio do tiroteio” expõe a trajetória de um protagonista esmagado pelo tempo e por sucessivas crises depressivas. Destituído de qualquer interesse pela vida, o narrador descreve a decadência dos seus dias e o seu contínuo processo de desintegração psicológica, enquanto segue atormentado por desastres profissionais, sexuais e morais.
 
Com uma escrita fortemente amparada no sarcasmo e na subversão, Isaque de Moura trabalha o tema do fracasso enquanto experiência emocional precípua, conduzindo os personagens a situações absurdas, nas quais prevalecem o humor e a ironia. O autor confronta ainda os limites da autoficção e da imaginação literária, ao inserir-se como parte integrante nas narrativas.
 
“Soa um tanto patético usar esses termos, mas penso que esse livro é uma espécie de desabafo. Pelos dias, pelo tédio e por um profundo sentimento de angústia. Na verdade, quando escrevi ‘No meio do tiroteio’ eu estava farto de mim mesmo. E no entanto sentia que havia coisas a serem ditas. Coisas que não podiam ficar restritas a mim.  Não por serem relevantes – muito pelo contrário, eu precisava escrever sobre o que as pessoas em geral se recusam a contar. Mesmo porque ninguém quer se expor ao perigo de parecer um derrotado. Nada mais justo. Afinal, são todos eles bem-sucedidos e maravilhosamente fantásticos. Enfim, a miséria inerente ao ofício do escritor é o de achar que as pessoas se interessam pelo que ele tem a dizer. Um delírio total. De resto, o livro foi escrito para aqueles que, tanto quanto eu, estão de saco cheio de gente séria”, diz Isaque.
 
Pessimista, debochado, satírico e pornográfico, a obra retrata, a partir de situações insólitas e experiências atípicas, as frustrações e desilusões de um sujeito esgotado, cujo maior ato de resistência é a aceitação irrestrita de sua própria mediocridade. “É um tiroteio invisível. E eu estou lá todo o tempo”, ressalta Isaque.
 
O livro conta ainda com desenhos inéditos do artista plástico piauiense Gabriel Archanjo, reconhecido nacional e internacionalmente por seu trabalho iconográfico, sobretudo pelo traço caligráfico em ritmo contínuo. Além da capa, Archanjo produziu 10 ilustrações que compõem o arranjo visual do texto. 
 
“A capa é talvez uma divisão do ser real e do ser irreal que transita em toda a narrativa da obra de Isaque. Um processo dicotômico, presente em cada página lida”, afirma Gabriel.
 
Sobre os materiais utilizados pelo artista, Archanjo destaca o uso do pastel seco e do grafite, com traços minimalistas e linhas constantes. “Utilizei o pastel seco e o grafite porque me senti muito instigado ao ler os contos. Assim como eu, Isaque também é um provocador.”
 
A parceria entre o escritor e o artista tem como singularidade as fortes marcas de pessimismo e subjetividade, comuns às obras de ambos. “Gabriel é um artista incrível, de uma sensibilidade irretocável. Ter a oportunidade de lançar o meu primeiro livro com ilustrações dele é definitivamente excepcional”, afirma o escritor.
 
O livro pode ser adquirido na ocasião do evento ou pela Internet, nos sites da Editora Kazuá e da Livraria Cultura.
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