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'Caso não seja leiloada, Eletrobras terá que ser liquidada', diz ministro

Sede da Eletrobras no Piauí (Foto: Divulgação)
“Liquidação significa fechar as empresas. E quem fica com a responsabilidade de prestar o serviço? Temos de encontrar uma fórmula que a sociedade não pague por isso”, afirma o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), José Múcio Monteiro.
Os desafios do governo para levar adiante o processo de privatização da Eletrobrás não param de crescer. A venda das seis distribuidoras da Eletrobrás, originalmente prevista para maio, deverá atrasar por causa do Tribunal de Contas da União (TCU).
Cabe ao TCU dar o aval final ao edital de licitação da venda das distribuidoras. Ontem, o ministro José Múcio Monteiro reconheceu que há mais dificuldades em aprovar projetos de privatização às vésperas das eleições. Ele prevê pelo menos mais um mês para que o órgão possa avaliar o processo: “Em ano eleitoral, as coisas funcionam com mais dificuldades”.
Além da Eletrobras Piauí, antiga Cepisa, o governo pretendia licitar no dia 21 de maio cinco distribuidoras da Eletrobrás, que atuam em Alagoas, Acre, Rondônia, Amazonas e Boa Vista. Com a sinalização do TCU, não será mais possível manter a data. Considerado o intervalo padrão de 45 dias entre a publicação do edital e o leilão, a venda só será concretizada em junho, numa estimativa otimista.
O atraso é preocupante porque as distribuidoras são operadas em caráter precário pela Eletrobrás, numa situação que só pode ser mantida até o dia 31 de julho. Depois disso, se não tiverem sido leiloadas, elas terão de ser liquidadas.
A venda das distribuidoras é um passo preparatório à privatização da Eletrobrás. Nos corredores do tribunal, há quem veja nas dificuldades atuais uma prévia do debate em torno da Eletrobrás. Além do possível impacto político, conforme mostrou o Estadoontem, as indicações políticas de dirigentes de subsidiárias da companhia são um dos fatores a justificar a resistência de deputados e senadores em voltar o projeto.
Os ministros de Minas e Energia, Moreira Franco, da Fazenda, Eduardo Guardia, e do Planejamento, Esteves Colnago, foram ontem ao gabinete de Múcio. “Não viemos falar de cronograma”, afirmou Moreira ao final. Minutos depois, numa entrevista em separado, Múcio informou: “os ministros vieram saber qual é o timing”. No Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer reuniu os lideres da base aliada na Câmara e o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, para discutir o projeto.
*Com informações do Estadão

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