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MAMÃE, NÃO QUERO SER PREFEITO!

Qualquer um cidadão eleitor, legitimamente apto a votar e ser votado, tem o sagrado direito de pleitear candidatura a prefeito de sua cidade. Nem precisa pedigree. Não sem antes, porém, exercitar a abençoada obrigação de fazer uma introspecção e colocar alguns por quês na sua reflexão.
Por exemplo: Que sentimento realmente o move para levar avante seu intento? Serio a o poder pelo poder? Mordomias e o “status” do cargo? O salário? O amor à cidade?!..
E onde fica a avaliação quanto ao lugar que devem ocupar, em seus planos, as pessoas, seres humanos que às vezes e sempre necessitam de coisas bem simples, apenas para viverem mais aliviadas no seu dia a dia?
Obras faraônicas do tipo construção de uma ponte ligando a área próxima à Capitania dos Portos à Ilha Grande é idéia de jeca. Projeto de asno.
Pra quê isso? Para se chegar mais rápido à praia da Pedra do Sal?Não é necessário, considerando que nenhum gestor cuidou até agora da nossa única praia, pelo menos com o básico. Tampouco existe assistência mínima para as pessoas que comercializam à beira mar, anfitriões de eventuais turistas, pessoas pobres, carentes, que não podem tocar seus negócios sozinhas.
Que pensam também nossos pré-candidatos a prefeito sobre transporte público? Quantos parnaibanos dependem deles diariamente, por não terem motos, carros particulares, tampouco dinheiro para táxi ou moto-táxi? Quantos são estes que, sequer, possuem abrigos decentes para se abrigarem do sol, enquanto esperam sua van e com a qual não podem contar nos fins de semana?
E sobre o turismo, tão cantado e decantado. Que pensam aqueles que pretendem disputa a prefeitura? Sabem eles que, assim como a Pedra do Sal, a Lagoa do Portinho também é um bairro de Parnaíba, onde mora gente, seres humanos, que mais do que propaganda na mídia precisam de assistência do Poder Público?
Conversa pra boi dormir                                                           
Não, não dá mais para dizerem nos palanques: “se eleito for, o gabinete do prefeito vai ter portas abertas para a população”. É mentira. Quem já disse isso não fez, à exceção do ex-prefeito Mão Santa, que fez do seu governo uma exceção. Lembram? “Não roubar, nem deixar roubar”; “a cidade em boas mãos”... Ele abria a porta do seu gabinete em algumas ocasiões, tentando atender a todos de uma só vez, mas não satisfazia ninguém. Ninguém saia de lá satisfeito.
E mais: Propostas mirabolantes, discursos inflamados, do tipo xingar prefeito de ladrão ou ao seu candidato, não rende mais votos, considerando o atual nível de politização do nosso eleitorado.Não há mais espaços para a demagogia.A exigência dos dias atuais é trabalho, disposição, competência, trânsito livre nas altas esferas para um diálogo franco e abrir portas para que a cidade continue recebendo os investimentos que recebe atualmente; a hora é de recuperar o tempo perdido, quando nossos prefeitos não iam além de Teresina, de pires na mão, pedir ao governador da época que pelo menos pagasse em dia o salário dos servidores estaduais.

Exemplo a ser seguido

Qual foi o prefeito que, utilizando das amizades e da seriedade imposta por uma moral inquestionável, conseguiu recursos junto à SUDENE par fazer o cais e a mureta que margeiam o rio Igaraçu? Isso para proteger de alagamentos famílias, pessoas residentes naquelas áreas ribeirinhas dos bairros São José, N.S. do Carmo e adjacentes. Em que situação se encontra o cais, atualmente? Que fizeram da mureta?!
Para os que não lembram, foi  o ex-prefeito foi João Silva Filho, construtor, também, da av. São Sebastião, com praças, jardins, verde... hoje repleta de botecos, carros de lanches, etc.
Naqueles tempos prefeitos não contavam com Fundo de Participação especial, tampouco com recursos de emendas parlamentares do orçamento da União.
Vamos refletir sobre isso? Os tempos mudaram, é verdade. E a consciência dos nossos homens públicos?!

B.Silva

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