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Promotor diz que pessoas estariam "fazendo lobby" para que PF não investigue caso Fernanda Lages

O Ministério Público Estadual do Piauí, através do promotor Ubiraci Rocha e Eliardo Cabral, aguardam a autorização do Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, para a entrada da Polícia Federal na investigação do caso Fernanda Lages.

Em entrevista a um canal de televisão, o promotor Ubiraci Rocha, explicou a demora da entrada da PF e disse está preocupado com a burocracia junto ao Ministério da Justiça. Durante entrevista Dr. Ubiraci mostrou o pedido do Procurador Geral da República feito no último dia 31 de outubro ao Ministro José Eduardo Cardoso para entrada da Polícia Federal.

“Tivemos a informação que o Ministro da Justiça estava viajando  para Londres e quando chegou foi para Fortaleza participar de um Congresso. Segundo informações ele estaria ontem em Brasília. Então todos esses aspectos da espaço para esse vazio”, explicou o promotor.

Ubiraci falou ainda sobre a solicitação pelo governador Wilson Martins ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que determinou a presença da PF no caso Fernanda Lages. O promotor explicou que o documento autorizava a auditoria do inquérito realizado pela Polícia Civil do Piauí. “O despacho era no sentido que Polícia Federal pudesse averiguar o trabalho da Policia Civil e segundo a Constituição Federal essa tarefa não cabe a PF”.

Os promotores de justiça descartam a possibilidade que o pedido não seja deferido pelo Ministro da Justiça, já que a Polícia Civil já concluíram suas investigações. “Acho essa possibilidade é remota. No pedido formulado ao ministro levamos as razões para que a Polícia Federal tenha pontos de vistas legais para fazer a investigação. Então acho que não tem como o ministro fugir deste pedido” disse Ubiraci.

Eliardo Cabral que também participou da entrevista disse que o Ministério Público Estadual está atento a tudo que está acontecendo, apesar das “forças ocultas”, que segundo ele dificulta a entrada da PF no caso. Segundo o promotor, em Teresina “brada em altas vozes, que querem que a investigações seja pela Polícia Civil”.

“Existem pessoas aqui no Piauí dizendo que são a favor da Polícia Federal no caso, mas estão fazendo lobby em Brasília para que a instituição no entre no caso”, disse Eliardo.

Sobre a informação de um taxista que teria dito que Fernanda Lages foi espancada, os promotores falaram que todas as possibilidades serão investigadas. Que vários hipóteses serão levantadas e eliminadas.

Ubiraci Rocha falou ainda que no dia da morte de Fernanda Lages, próximo ao corpo da estudante, foi encontrado uma luva e essa sumiu. “É elementar que todos os objetos em torno do crime sejam preservados. E lá perto do corpo de Fernanda tinha uma luva e a polícia não deu conta. Essa luva sumiu”, disse o promotor.

Eliardo relembrou ainda que suas convicções sobre o crime continuam as mesmas e que existem pelo menos dois elementos na cena do crime.

MANUELA COELHO, DO GP1

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