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Cardozo nega interferência do governo nas investigações da Lava Jato

Ministro da Justiça prestou depoimento à CPI da Petrobras nesta quarta-feira.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, negou nesta quarta-feira (15) qualquer interferência do governo nos inquéritos e nas investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF) na Operação Lava Jato. O ministro foi convocado pela CPI da Petrobras para dar explicações sobre o caso das escutas clandestinas encontradas na cela do doleiro Alberto Youssef na Superintendência da PF em Curitiba (PR).
Cardozo afirmou que é acusado injustamente de instrumentalizar a Polícia Federal a serviço dos interesses do Planalto e de não controlar a instituição. “São críticas infundadas. É importante entender o papel do ministro da Justiça e sua relação com a Polícia Federal: ele é fiscal do abuso do poder e da legalidade”, reiterou.
O ministro defendeu a presidente Dilma Rousseff e negou que ela tenha, em algum momento, solicitado interferências nos processos de investigação ou reclamado de sua atuação à frente da pasta. “Ela é uma pessoa de honestidade inatacável. Seus próprios adversários reconhecem a honestidade da presidente Dilma. Nenhum fato relacionado à corrupção chegará perto dela”, declarou.
Escutas
Cardozo confirmou aos deputados que foi informado pela Polícia Federal da existência de escutas clandestinas na cela do doleiro Alberto Youssef e das providências tomadas para apurar a irregularidade.

Segundo o ministro, a corregedoria da PF agiu para verificar a situação de ilegalidade que poderia estar ocorrendo no momento e determinou a instauração de sindicância para investigar o possível envolvimento de agentes da instituição. “A sindicância tramita em sigilo e ainda está em curso”, informou. O ministro afirmou que não tem conhecimento do conteúdo das apurações. “Se, ao final, ficar comprovado que houve escutas ilegais, haverá punições àqueles que as praticaram”, ressaltou.
Envolvimento de delegados
O deputado Jorge Solla (PT-BA) cobrou o afastamento de delegados da Polícia Federal que fizeram campanha contra a presidente Dilma na eleição 2014 e que têm fortes indícios de participação no caso das escutas ilegais e dos vazamentos seletivos.

“Há de se tomar cuidado para não tomar medidas punitivas sem a devida apuração. O fato de terem sido citados, não quer dizer que os delegados devem ser afastados por isso”, respondeu Cardozo. “E, se fizeram campanha [contra Dilma], só posso dizer que votara mal, salvo se houve atuação política, aí devem ser punido”, completou.
Reportagem – Luiz Gustavo Xavier
Edição – Marcelo Oliveira/Agência Câmara de Noticias

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