A polícia civil do Piauí anunciou nesta quinta-feira (16) o resultado do inquérito que investigou o grupo suspeito de envolvimento com o tráfico, e que foi descoberto após a a queda do avião em assunção do Piauí no dia 11 de abril. Na queda o piloto morreu e parte da droga foi incinerada. A aeronave pousaria em uma pista clandestina. No avião tinha cerca de 300 quilos de drogas, mas apenas 22 quilos foram recuperados pela polícia.
O delegado Gustavo Jung informou que está aguardando apenas a autorização do juiz de São Miguel do Tapuio para a destruição da pista, que deve ocorreu em breve. "A região é cheia de vales e morros de difícil acesso. Nós já tínhamos informações que essa pista estava sendo construída", disse o delegado.
O delegado Matheus Zanatta disse, durante entrevista coletiva concedida nesta manhã na sede da Delegacia Geral, em Teresina, que a polícia conseguiu comprovar a ligação entre os envolvidos. A ressalva se dá em confronto à afirmativa dos advogados, que diziam que suspeitos não se conheciam ou tivessem qualquer relação. "Nos vídeos é possível ver o Cleber e o Tiago, num supermercado em Fortaleza, no dia 10 de abril. No momento da prisão, no dia 11, eles estavam usando as mesmas roupas".
O delegado diz ainda que foi através de uma nota fiscal, e de um endereço de email encontrados na Amarok do bando, que a polícia conseguiu chegar a uma loja em Teresina que vende tanques de combustível para avião.
SUSPEITOS JÁ TINHAM PASSAGEM PELA POLÍCIA
Dos indiciados no inquérito, Cleber dos Santos, considerado o líder da quadrilha, já tinha passagem por roubo e falsificação de moeda no Paraná; Robson Daivid foi indiciado por tráfico de drogas em Minas Gerais; Tiago Costa é o que mais tem passagem pela Polícia Federal e Civil nos estados de São Paulo e Ceará; Vagner da Silva foi preso em Roraima; e Ronaldo Torres preso no Ceará.
Marilia Bezerra
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