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Setembro amarelo alerta para os casos de suicídio


O mês de setembro tem um significado emblemático, especialmente para Teresina. É o mês escolhido para a prevenção do suicídio, fruto de uma campanha denominada setembro amarelo, a cor do alerta. Um alerta desesperado e urgente em defesa da vida.
Teresina, assustadoramente, ocupou o 2° lugar entre as capitais brasileiras com o maior número de suicídios na primeira década do século XXI. Nos últimos dez anos, a taxa de suicídios subiu mais de 150% entre jovens de 15 a 24 anos. Este é outro fator que preocupa. Os jovens são as maiores vítimas deste fenômeno que já se tornou um problema de saúde pública, tamanha a sua incidência.
Ainda tratado como tabu, o assunto é pouco debatido, até mesmo entre os profissionais que cuidam do assunto. A própria imprensa, por muito tempo, calou-se diante dos casos de suicídio, movida pelo pensamento de que a divulgação do fato estimularia outras pessoas suscetíveis a praticarem o mesmo ato. Estudos mais avançados já comprovaram que é importante discutir o assunto, desde que dentro de padrões éticos e responsáveis. O tema virou objeto de estudo do sociólogo Benedito  Carlos de Araújo Júnior, na tese de doutorado intitulada “Apoptose na Cidade Verde”.
O que não é mais possível é fechar os olhos e acreditar que nada de anormal está acontecendo, enquanto alcançamos uma média de 6,8 suicídios para cada 100 mil habitantes, segundo dados da Organização Mundial de Saúde.  Alguns programas, ainda tímidos, já começaram a ser executados com bons resultados. Um deles é o PROVIDA, que funciona no Centro Lineu Araújo, com atendimento multiprofissional gratuito. Outra iniciativa interessante é o CVV – Cento de Valorização da Vida, uma instituição formada por 30 voluntários dispostos a receber ligações  de pessoas com ideia suicida que precisam desabafar. Mas é preciso muito mais que isso.
Se levarmos em conta que o suicídio tem causado mais mortes que doenças como AIDS, Leshmaniose e dengue, veremos a necessidade de programas e ações de governo efetivas para impedir que mais pessoas tirem voluntariamente a própria vida.
P.S. O CVV atende pelo telefone 3222-0000
Claúdia Brandão

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