A OAB Seccional Piauí divulgou nota onde repudia a prisão de Samuel Ali Silva Haroon, de 20 anos, conhecido como "Palestino". Preso no último dia 10, o rapaz deverá responder por apologia ao uso de drogas. A prisão foi alvo de muitas críticas e gerou a criação da hashtag #FreePalestino nas redes sociais.
Na nota, a OAB afirma que a prisão foi desproporcional, fruto de "racismo institucionalizado" e que a apresentação do jovem pela polícia foi abuso de autoridade. O rapaz ganhou notoriedade antes mesmo de ter seu rosto conhecido, sendo atribuídas a ele pichações por toda a cidade com o nome que utiliza, 'Palestino'.
A nota foi assinada pelas Comissões de Direitos Humanos, de Direitos Difusos e Coletivos e da Verdade da Escravidão Negra da Ordem dos Advogados do Brasil – Secção do Piauí.
As comissões questionam a forma como a sua prisão foi divulgada pelas autoridades policiais, afirmando que Samuel foi "coagido a grafitar o nome da delegacia e posar para fotografia juntamente com o delegado, ficando demonstrado o escárnio e o abuso de poder policial".
O motivo da prisão, apologia ao uso de drogas, foi questionado, já que em sua residência não foi encontrado nenhum entorpecente. Para a OAB, a prisão foi motivada por um "racismo institucionalidado".
Por fim, as comissões afirmam que a ação caracteriza um ataque à dignidade da pessoa humana.
Maria Romero
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