Torcida do Parnahyba no Ytacoatiara em Piripiri, Foto/Jorge Alves
O Conselho Deliberativo e a Diretoria do Parnahyba Sport Club, vêm a público externar o total descontentamento com os lamentáveis fatos ocorridos no último domingo, dia 07, na cidade de Piripiri, no estádio Itacoatiara,
quando da realização da decisão do 2º turno do Campeonato Piauiense de Futebol Profissional.
Naquela tarde, mais de 15 (quinze) ônibus, além de carros particulares se deslocaram para Piripiri, com aproximadamente mil parnaibanos para exercerem seu sagrado direito de torcer pelo time do coração – o Parnahyba Sport Club. De tudo foi feito, por parte da torcida parnaibana, para evitar qualquer confronto ou acirramento de ânimo, no entanto, em uma demonstração de covardia, desordem e selvageria, atributos típicos de pessoas sem escrúpulos e de caráter duvidoso, a torcida do 4 de julho protagonizou cenas lamentáveis de violência contra os torcedores parnaibanos, que estavam ali pacificamente para apoiar o time praiano.
Vários rojões (foguetes) foram atirados, de maneira proposital, em direção a torcida do Parnahyba Sport Club, que se confinava em espaços reduzidos dentro do estádio Ytacoatiara, produzindo pânico e lesões em alguns torcedores. Além disso o Presidente da torcida organizada “Exército Azulino”, Sr. Evilásio, foi covardemente espancado por torcedores do 4 de julho, sem lhe oferecer qualquer meio de defesa, e sem qualquer motivação que justificasse tamanha violência (fotografia).
Evilásio, integrante da torcida Exercito Azulino
De forma irresponsável e demagógica foi autorizada a abertura dos portões daquela praça esportiva, que já contava com um excelente número de torcedores, havendo uma verdadeira invasão e tumulto dos torcedores, fato esse que poderia ter causado uma tragédia de grandes proporções, tudo isso sob os olhares complacentes e omissos de autoridades que deveriam zelar pela integridade física de todos que ali se encontravam.
Outro aspecto temerário diz respeito ao policiamento do evento. Um efetivo reduzido foi deslocado para o estádio, totalmente incompatível com a invergadura do evento, o que comprometeu a segurança dos torcedores, dos jogadores, dos árbitros, de todos enfim que trabalhavam naquela tarde. Ainda bem que as nossas torcidas souberam se comportar com altivez, sem revidarem os insultos e agressões que sofreram, pois se assim não o fosse aquele estádio poderia se transformar em uma praça de guerra e uma tarde que deveria ser de alegria poderia ter se transformado em tragédia. Temos notícias, inclusive, de pessoas, sem farda, armada dentro do estádio, coagindo torcedores, o que é um absurdo e ilegal.
Como se ainda não bastasse toda essa insensatez, a torcida do 4 de julho, a toda hora lançava latas de cerveja e outros objetos em campo, em direção aos jogadores do Parnahyba. Em todas elas o quarto arbitro interveio e guardou todo o material arremessado em campo. Houve , também, invasão de campo por um torcedor do 4 de julho. Deduz-se, portanto, que não houve qualquer segurança, nem para os torcedores, nem tampouco para os jogadores do Parnahyba. Uma tragédia maior não aconteceu apenas pelo fato de termos perdido o jogo. Não se sabe o que estaria preparado para acontecer, caso o resultado do jogo fosse contrário aos interesses do time da casa. Com certeza nenhuma segurança havia naquela tarde para resguardar a integridade dos jogadores e dos torcedores parnaibanos se assim tivesse ocorrido.
Qual é o preço de uma vitória? Indagamos. Vale qualquer coisa? Para pagar esse preço vale proporcionar cenas de vandalismo e violência, que poderiam ter acarretado uma tragédia de maiores proporções? Vale por em risco a integridade física de pessoas que se deslocaram de suas casas para se divertirem em uma tarde de domingo?
Que fiquem aqui registrados os nossos mais veementes protestos por todos os fatos acontecidos naquela tarde, onde a insensatez, a covardia e a irresponsabilidade se sobrepuseram ao bom censo, a ordem e o respeito pelo ser humano, e que as autoridades do futebol piauiense tomem providências para coibir essa prática maléfica, que só atrasa o nosso já sofrido futebol.
Atenciosamente
Parnahyba Sport Club
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