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Repetência nem sempre é culpa da criança.

A reprovação no colégio é uma situação muito delicada, tanto para quem repetiu quanto para os pais. Enquanto o problema pode ser visto como responsabilidade exclusiva da criança ou adoscente, fatores externos também podem contribuir para que o aluno seja retido. A psicopedagoga Ângela Cristina Munhoz Maluf afirma que, "quando o filho repete, os pais têm que averiguar o porquê do filho ter reprovado. Enquanto alguns ficam surpresos, por não terem acompanhado a vida escolar. Outros não ficam surpresos, porque acompanhavam, mas não ajudaram em nada".

A primeira atitude

Antes de tudo, é necessário analisar com calma o ocorrido. "Além da falta de esforço, pode ser uma dificuldade real de aprendizagem, ou ainda algo específico de uma diciplina. Então tudo deve ser levado em conta", explica Ângela. Ainda de acordo com ela, o mais importante é saber criticar e dar a bronca. Não adianta usar castigos radicais, como privar comida ou esportes. "O que deve ser tirado são as atividades que ocupam o tempo que poderia ser usado para o estudo, como o videogame".

Graça Margarete Tessarioli, diretora executiva da unidade de São Paulo do Colégio Santa Catarina, orienta que os pais devem levantar a autoestima da criança. "Dependendo do caso, a autoestima fica lá embaixo, a própria pessoa se culpa. Quer punição maior que essa? Então o apoio dos pais é essencial para levantar a autoestima". Mesmo quando a repetência acontece por falta de esforço, os pais devem deixar claro que o pequeno é capaz de passar. "O filho não fez a sua parte, que era estudar e se comprometer. Os pais têm que ter um diálogo com o filho para deixar claro que falhou no compromisso dele".

Mudar ou não de escola?

Segundo Graça Margarete, muitos pais que tiram o filho da escola costumam fazer isso para protegê-lo da reprovação, até porque também ficam frustrados, ou para não ter que pagar mais um ano de escola. Mas, do ponto de vista do crescimento educacional da criança ou adolescente, essa nem sempre é uma boa ideia. "Se a repetência for devido a uma real dificuldade de aprendizado, ficar na mesma escola não vai resolver o problema. Mas no caso da falta de esforço, é importante deixar para fazer com que aprenda a lidar com as suas responsabilidades", orienta Ângela Cristina.

E o material escolar?

Uma questão que também é importante está na hora de comprar o novo mateiral escolar. Com tantas opções de personagens, tamanhos e tipos, alguns naturalmente atraem mais as crianças. A psicopedagoga recomenda: "na hora de comprar o material escolar, tem que levar a criança e dar a ela a oportunidade de escolher, já falando quanto pode gastar. O incentivo é muito bom em algumas coisas. No início do ano, o material novo já incentiva a estudar. Mas, dois meses depois, já passou a novidade e gera desinteresse. A criança que tem desorganização começa o ano ruim. O ideal não é dar tudo o que quer, tem que ter o equilíbrio".

Seu irmão...

Por mais que, ao ter dois ou mais filhos, eles sejam diferentes, inclusive na vida escolar, Graça Tessarioli ressalta que não devem ser comparados. "Os pais jamais devem comparar os filhos. Se nem os nossos cinco dedos da mão são iguais, quem dirá os nossos filhos. A comparação não é saudável e acaba desmotivando. Eles devem ser vistos como pessoas diferentes com problemas diferentes".
Fonte: Daquidali

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