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Taxa de desocupação no Piauí fica em 9,4%; índice nacional chega a 11,8%

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta terça-feira (22) novos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua), referentes à desocupação e à subocupação da população economicamente ativa.
No 3º trimestre de 2016, a taxa composta da subutilização da força de trabalho (que agrega a taxa de desocupação, taxa de subocupação por insuficiência de horas e da força de trabalho potencial) ficou em 21,2%, chegando a 22,9 milhões de pessoas. No 2º trimestre de 2016, essa taxa foi de 20,9% no Brasil, e ficou em 18% no 3º trimestre de 2015.
subocupação por insuficiência de horas trabalhadas corresponde às pessoas ocupadas com uma jornada de menos de 40 horas semanais, mas que gostariam de trabalhar em um período maior. Enquanto a taxa de desocupação corresponde às pessoas que gostariam de trabalhar, mas não procuraram trabalho. Já a força de trabalho potencial refere-se às pessoas que procuraram trabalho mas não estavam disponíveis para trabalhar.
A maior taxa composta da subutilização da força de trabalho foi observada no Nordeste (31,4%), e a menor na região Sul (13,2%).
Bahia (34,1%), Piauí (32,6%), Maranhão e Sergipe (ambos com 31,9%), foram os estados com as maiores taxas. As menores foram observadas em Santa Catarina (9,7%), Mato Grosso (13,2%) e Paraná (14,2%).
Já a taxa de desocupação no Brasil ficou em 11,8%, enquanto no Nordeste o número de pessoas desocupadas chegou a 14,1%.
No Piauí, a taxa de desocupação foi inferior à média nacional e regional, ficando em 9,4%. E o mesmo ocorreu na capital Teresina, onde estão desocupadas apenas 6,8% das pessoas que têm idade para integrar a população economicamente ativa.
Desocupação no Piauí e no Brasil
No Piauí, 25% das pessoas desocupadas tinham entre 14 e 17 anos. Outros 20,6% têm entre 18 e 24 anos; 10,1% têm entre 25 e 39 anos; 4,5% estão na faixa etária dos 40 aos 59 anos; e 2,8% têm 60 anos ou mais.
No Brasil, 39,7% da população desocupada tem entre 14 e 17 anos;  25,7% tem entre 18 e 24 anos; 10,9% tem de 25 a 39 anos; 6,7% tem de 40 a 59 anos e 3,6% tem 60 anos ou mais.
No 3º trimestre, 19 unidades da federação tiveram a mais alta taxa de desocupação da série histórica, enquanto as taxas do Piauí e de Teresina tiveram, respectivamente, redução de 9,9% para 9,4% e de 9,6% para 6,8%.
Mais números da pesquisa
A taxa combinada de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas e desocupação foi de 16,5%, sendo 4,8 milhões de trabalhadores subocupados por insuficiência de horas trabalhadas e 12 milhões de desocupados. No 2º trimestre de 2016, essa taxa foi de 16% no país, e, no 3º trimestre de 2015, de 14,4%.
A região Nordeste (22,9%) apresentou a maior taxa combinada de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas e desocupação e a região Sul, a menor (10,7%). 
Bahia (26,2%), Sergipe (23,7%) e Piauí e Paraíba (ambos com 22,9%) foram os estados com as maiores taxas. As menores foram observadas em Santa Catarina (8,0%), Mato Grosso (10,6%) e Paraná (11,4%). 
Em Teresina, a taxa combinada de desocupação e de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas ficou em 16,2%.
A taxa combinada da desocupação e da força de trabalho potencial foi de 16,8%, com 6,1 milhões de pessoas na força potencial mais 12 milhões de desocupados. No 2º trimestre de 2016, essa taxa foi de 16,4% no Brasil, e, no 3º trimestre de 2015, ficou em 12,8%.
No Nordeste, a taxa combinada de desocupação e força de trabalho potencial chegou a 23,6% e no Sul, ficou em 10,5%. 
Alagoas (25,4%), Bahia (24,9%) e Maranhão (24,5%) foram os Estados com as maiores taxas. As menores foram observadas em Santa Catarina (8,1%), Rio Grande do Sul (11,0%) e Paraná (11,4%). 
No Piauí, a taxa combinada de desocupação e da força de trabalho potencial ficou em 20,7%, enquanto em Teresina o índice ficou em 12,2%.
A taxa de desocupação (11,8% no Brasil) subiu em todas as grandes regiões no 3º trimestre de 2016 em relação ao mesmo período de 2015: Norte (de 8,8% para 11,4%), Nordeste (de 10,8% para 14,1%), Sudeste (de 9,0% para 12,3%), Sul (de 6,0% para 7,9%) e Centro-Oeste (de 7,5% para 10,0%).
Bahia (15,9%), Pernambuco (15,3%) e Amapá (14,9%) foram os estados com as maiores taxas de desocupação. As menores taxas de desocupação foram observadas em Santa Catarina (6,4%), Mato Grosso do Sul (7,7%) e Rio Grande do Sul (8,2%).
A taxa composta de desocupação, subocupação por insuficiência de horas trabalhadas e da força de trabalho potencial ficou em 21,2% no Brasil, 32,6% no Piauí e 21,1 % em Teresina.
No 3º trimestre de 2016, os percentuais de empregados no setor privado com carteira de trabalho nas grandes regiões foram de 84,4% no Sul, 82,7% no Sudeste, 76,8% no Centro-Oeste, 61,2% no Nordeste e 60,8% no Norte. A média no Brasil foi de 76,9%.
O rendimento médio real habitual dos trabalhadores ficou acima da média do Brasil (R$ 2.015) nas regiões Sudeste (R$ 2.325), Centro-Oeste (R$ 2.288) e Sul (R$ 2.207), enquanto Norte (R$ 1.539) e Nordeste (R$ 1.348) ficaram abaixo da média.
Frente ao 2º trimestre de 2016, houve aumento do rendimento médio real no Sudeste (0,6%) e no Sul (2,8%); enquanto nas demais houve estabilidade. Já em relação ao 3º trimestre de 2015, com exceção do Centro-Oeste, que se manteve estável, todas as demais grandes regiões registraram queda, com destaque para o Nordeste (-3,9%).
A massa de rendimento médio real habitual dos ocupados (R$ 176,8 bilhões de reais para o país com um todo) ficou em R$ 91,8 bilhões na região Sudeste, R$ 30,8 bilhões no Sul, R$ 27,8 bilhões no Nordeste, R$ 16,4 bilhões no Centro-Oeste e R$ 10,1 bilhões no Norte.
A publicação completa da PNAD Contínua, com os dados divulgados hoje, está disponível aqui. Os principais resultados para o Brasil como um todo já haviam sido divulgados no dia 27/10/2016. Na atual divulgação, estão disponíveis novos indicadores de subutilização da força de trabalho para o 3º trimestre de 2016, além de todas as informações segundo os recortes regionais e detalhamentos dos principais indicadores do mercado de trabalho por sexo, idade e nível de instrução.
Taxa de desocupação no Nordeste cresce 3,3% em relação ao ano anterior
A taxa de desocupação mostrou diferenças regionais de patamares ao longo de toda a série iniciada no primeiro trimestre de 2012. A região Nordeste permaneceu apresentando as maiores taxas de desocupação, tendo registrado, no 3º trimestre de 2016, uma taxa de 14,1%; enquanto a Região Sul teve a menor, 7,9%.
Na comparação com o 2º trimestre de 2016, as regiões Nordeste (+0,9 p.p) e Sudeste (+0,6 p.p) apresentaram aumento significativo no indicador; as demais regiões se mantiveram estáveis. Entretanto, destaca-se que, do 3º trimestre de 2015 para o 3º trimestre de 2016, todas as grandes regiões registraram crescimento da taxa de desocupação, com destaque para o Nordeste, onde o aumento foi de 3,3 pontos percentuais.
Todas as grandes regiões apresentaram diferenças significativas na taxa de desocupação por sexo. No Brasil, a taxa ficou em 10,5% para os homens e 13,5% para as mulheres, uma diferença de 3,0 p.p. A região Norte mostrou a maior diferença (4,7 p.p maior para as mulheres) e o Sul apresentou a menor diferença (2,2 p.p maior para as mulheres).
Por nível de instrução, a maior taxa de desocupação, no Brasil, foi observada para pessoas com ensino médio incompleto (21,4%). Para o grupo de pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi estimada em 14,4%, mais que o dobro da verificada para aqueles com nível superior completo (5,8%).
Por grupos de idade, a taxa de desocupação da população de 18 a 24 anos, no Brasil, foi de 25,7%, registrando valores ainda maiores nas regiões Sudeste (27,4%) e Nordeste (29,5%). A região Sul (17,1%) apresentou a menor taxa para essa faixa etária.
Taxa de subutilização da força de trabalho das mulheres é de 25,3%
A taxa combinada de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas e desocupação foi de 16,5% da força de trabalho, sendo estimada em 14,5% para os homens e em 19,2% para as mulheres. Entre os grupos etários, essa taxa ficou em 46,6% para a faixa 14 a 17 anos, 32,1% para os jovens de 18 a 24 anos, 15,8% para o grupo de 25 a 39 e 11,1% para as pessoas 40 a 59 anos.
A taxa combinada da desocupação e da força de trabalho potencial foi de 16,8% da força de trabalho. Para os homens, esta taxa foi estimada em 14,1%, e atinge praticamente 1/5 (20,1%) da força de trabalho ampliada formada por mulheres. Entre os grupos etários, essa taxa ficou em 57,4% para a população de 14 a 17 anos, 32,1% para os jovens de 18 a 24 anos de idade, de 14,6% para os do grupo de 25 a 39 anos e de 10,1 para as pessoas de 40 a 59 anos.
A taxa composta da subutilização da força de trabalho no país (que agrega os desocupados, os subocupados por insuficiência de horas trabalhadas e os que fazem parte da força de trabalho potencial) foi de 21,2% da força de trabalho. Para os homens, esta taxa foi estimada em 17,9% e para as mulheres em 25,3%. Por grupos etários, as taxas compostas de subutilização da força de trabalho foram de 62,3% para a faixa de 14 a 17 anos, 37,1% para 18 a 24 anos, 19,3% para 25 a 39 anos e 14,3% para 40 a 59 anos.
Adultos de 25 a 39 anos são 35,2% da população desocupada
Na população desocupada, o percentual de mulheres foi superior ao de homens. No 3º trimestre de 2016, elas representavam 50,1% dos desocupados no Brasil. Apenas na região Nordeste o percentual de mulheres na população desocupada (47,7%) foi inferior ao de homens. Já a maior participação das mulheres dentre os desocupados foi observada na região Centro-Oeste (52,1%).
O grupo de 14 a 17 anos de idade representava 8,6% das pessoas desocupadas e os jovens de 18 a 24 anos eram 32,6% no Brasil. Os adultos de 25 a 39 anos de idade (35,2%) representavam a maior parcela entre os desocupados.
No 3º trimestre de 2016, 51,8% das pessoas desocupadas tinham concluído pelo menos o ensino médio. Cerca de 25,0% não tinham concluído o ensino fundamental. Aquelas com nível superior completo representavam 8,3%. Importante destacar que estes resultados não se alteraram significativamente ao longo da série histórica disponível.
No Sudeste, 62,3% dos ocupados têm pelo menos o ensino médio completo
Entre a população ocupada, verificou-se a predominância de homens no Brasil (57,2%) e em todas as regiões, sobretudo na Norte, onde os homens representavam 60,7% dos trabalhadores no 3º trimestre de 2016. O Sudeste é a região com maior participação feminina (44,0%).
A análise por grupos de idade mostrou que 12,6% dos ocupados eram jovens de 18 a 24 anos. Os adultos de 25 a 39 anos e 40 a 59 anos de idade representavam 78,5% e os idosos somavam 7,1% dos ocupados. A região com maior proporção de jovens ocupados é a Norte, onde a população de 18 a 24 anos representava 14,0% dos ocupados. Por outro lado, a região Sudeste (11,8%) registrou o menor percentual de ocupados para essa faixa etária.
Por nível de instrução, a pesquisa mostrou no 3º trimestre de 2016 que 28,5% não tinham concluído o ensino fundamental, 56,0% tinham concluído pelo menos o ensino médio e 18,2% tinham concluído o nível superior.
Regionalmente, o quadro foi diferenciado. Nas regiões Norte (36,3%) e Nordeste (38,2%), o percentual de pessoas nos níveis de instrução mais baixos (não tinham concluído o ensino fundamental) era superior ao observado nas demais regiões. No Sudeste (62,3%) e Sul (55,2%), o percentual das pessoas que tinham completado pelo menos o ensino médio era superior ao das demais regiões. O Sudeste (21,7%) apresentou o maior percentual de pessoas com nível superior completo, enquanto o Nordeste teve o menor (12,5%).
Nas regiões Norte (31,5%) e Nordeste (30,0%) o percentual de pessoas que trabalharam por conta própria era superior ao observado nas demais regiões. O mesmo foi constatado para os trabalhadores familiares auxiliares, as regiões Norte (6,2%) e Nordeste (3,2%) apresentaram participação maior destes trabalhadores.
O percentual de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado mostrou cenários distintos: As Regiões Norte (60,8%) e Nordeste (61,2%) apresentaram-se em patamares inferiores aos das demais regiões. A região Sul (84,4%) atingiu o maior patamar.
No Nordeste, menos da metade (47,3%) das pessoas em idade de trabalhar estão ocupadas
O nível da ocupação apresentou diferenças de patamares no cenário regional. As regiões Sul (58,9%) e Centro-Oeste (58,4%) foram as que apresentaram os maiores percentuais e o Nordeste apresentou o menor nível da ocupação (47,3%).
O nível da ocupação dos homens, no Brasil, foi estimado em 64,4% e o das mulheres, em 44,3%, uma diferença de 20,1 p.p. Dentre as grandes regiões, a maior diferença foi observada no Norte (24,5 p.p.) e a menor, no Sudeste (18,7 pontos percentuais).
O grupo etário de 25 a 39 anos apresentou o maior nível da ocupação (72,8%), seguido do grupo etário de 40 a 59 anos (67,9%). Para os jovens de 18 a 24 anos, o nível da ocupação ficou em 50,5%. Entre os menores de idade, de 14 a 17 anos, esta estimativa foi de 11,3%, enquanto entre os idosos (60 anos ou mais), 21,4%.
Nos grupos com níveis de instrução mais altos, o nível da ocupação era mais elevado. No 3º trimestre de 2016, 33,2% das pessoas sem instrução e menos de um ano de estudo estava trabalhando. No grupo das pessoas com nível superior completo, o nível da ocupação chegou a 77,9%. Entre as grandes regiões, destaca-se que o nível da ocupação na região Norte é o maior tanto para o grupo dos menos escolarizados (41,4%) como para os mais escolarizados (81,5%).
Mulheres representam 65,5% da população fora da força
No Brasil, no 3º trimestre de 2016, 38,8% das pessoas em idade de trabalhar estavam fora da força de trabalho (não trabalhavam nem procuravam trabalho). A região Nordeste foi a que apresentou a maior parcela de pessoas fora da força de trabalho, 45,0%. As regiões Sul (36,1%) e Centro-Oeste (35,1%) tiveram os menores percentuais.
A população fora da força de trabalho era composta em sua maioria por mulheres, que, no 3º trimestre de 2016, representavam 65,5% desse contingente. Todas as regiões apresentaram comportamento similar.
Cerca de 35,6% da população fora da força de trabalho era composta por idosos (pessoas com 60 anos ou mais de idade). Jovens com menos de 25 anos de idade somavam 28,6% e os adultos, com idade de 25 a 59 anos, representavam 35,7%.
Em relação ao nível de instrução, mais da metade desta população (54,0%) não tinha concluído o ensino fundamental e pouco mais de um quarto tinha concluído pelo menos o ensino médio (25,8%).

Com informações do IBGE
Cícero Portela

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