Os números são reflexos das inúmeras ações desenvolvidas nessa área. Incluir pessoas com algum tipo de deficiência no ensino público regular e ofertar esse ensino com qualidade são prioridades da atual gestão da Secretaria Estadual de Educação e Cultura (Seduc). Já no começo deste ano, o secretário de educação, Átila Lira, anunciou novidades. Dois seletivos para instrutor e intérprete de Libras e para técnicos que serão lotados nos Centros especializados existentes no Estado. “Isso está sendo feito já em regime de urgência. Os editais já foram publicados para que não haja nenhum prejuízo aos estudantes e os centros deem início normalmente ao seu período letivo”, explicou.
Márcia Raika, gerente de Educação Especial, revela que atualmente 20 profissionais trabalham exclusivamente nessa área. No entanto, esse número será maior a partir deste ano. “Na quarta-feira (9), tivemos uma audiência no Ministério Público, com a promotora Marlúcia Evaristo e ficou definido a realização de concurso público para intérprete/tradutores de Libras. Isso acontecerá ainda este ano”, revelou.
Segundo ela, a Seduc possui uma pedagogia própria e um conjunto de recursos didáticos adequados. Além disso, a educação especial conta hoje com toda uma estrutura voltada para aqueles que possuem necessidades educacionais especiais. “O objetivo, acima de tudo, é promover a inserção dessas pessoas, buscando seu maior convívio com as demais”, destacou.
Infraestrutura adaptada
Dentre as ações de destaque na rede estadual para a promoção da educação especial estão a implantação de 210 salas de recursos multifuncionais em 200 unidades escolares. Além disso, também é meta da Seduc, promover acessibilidade em 366 escolas estaduais com recursos do Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE) e mais 21 atendidas pelo Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE).
A adequação de salas para uso de recursos multifuncionais em 63 unidades escolares, com recursos repassados pela Seduc e a construção de salas de recursos multifuncionais em 20 unidades escolares, em 20 municípios, com verbas da Seduc e equipamentos do MEC, também foram ações desenvolvidas.
Capacitações garantem excelência do trabalho
Outra preocupação dos gestores da Seduc é com os profissionais que fazem a educação especial e, para tanto, investe em capacitações contínuas dos professores. Somente no ano de 2010, 226 profissionais da educação especial e do Atendimento Educacional Especializado (AEE), em 162 municípios, foram contemplados com cinco cursos de formação continuada.
Além disso, a Secretaria realiza ainda convênios de cessão de professores da rede estadual para prefeituras e instituições especializadas. O resultado é refletido, a cada ano, na melhoria da qualidade da educação especial, como mostram os números. “À medida que esse trabalho vem sendo realizado, o número de matrículas cresce a cada ano. Isso significa que, a cada ano, mais pessoas com necessidades especiais vêm tendo acesso à educação e melhoria da qualidade de vida. Ainda neste primeiro semestre do ano teremos mais capacitações”, garantiu.
A gerente de Educação Especial, Márcia Raika, cita ainda outro dado relevante. “Outro dado que merece ser citado é relativo à matrícula da educação especial, que foi garantida, prioritariamente, na etapa do ensino fundamental, e teve um crescimento de 471% nos últimos oito anos, passando de 1.183, em 2002, para 6.759 alunos matriculados, em 2010”, ressaltou.
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