Educaçâo

Cidade no interior do Piauí forma campeões de matemática


No interior do Piauí, a cidade de Cocal dos Alves é um fenômeno quando se fala de educação. A repórter Neyara Pinheiro mostra por quê.
Cocal dos Alves fica a 262 quilômetros de Teresina. Um município com pouco mais de cinco mil habitantes, que tem na agricultura, a principal atividade econômica. Possui 20 escolas, a maioria do ensino fundamental, e uma característica: é berço de campeões em competições de conhecimento.
O vencedor deste ano, do quadro soletrando do programa Caldeirão do Hulk, saiu da cidade.
Na última edição da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas, quatro estudantes de Cocal dos Alves conquistaram medalha de ouro. Um desempenho que superou o de 11 estados brasileiros.
“Nunca nem pensei porque, mais ou menos, 20 milhões de pessoas participam em todo o Brasil”, conta Antônio Wesley, de 13 anos.
Wesley, Clara e Márcio são os medalhistas do ensino fundamental. Sandoel, o do ensino médio: “A partir do meu desempenho nas Olimpíadas foi que eu comecei a pegar gosto pela matemática, o que mudou totalmente a minha vida”, explica Sandoel de Brito Vieira, de 17 anos.
Mudou mesmo. Ele passou em primeiro lugar no vestibular de Matemática da Universidade Federal do Piauí.
Marcio também ficou em terceiro lugar na Olimpíada de Matemática, com a presença também de alunos de escolas particulares.
Resultados como o de Márcio têm incentivado outros estudantes de Cocal dos Alves, como Ana Carla. Ela conquistou medalha de prata na primeira Olimpíada de que participou, com apenas 9 anos de idade: “Meus planos para o futuro é estudar cada vez mais para conseguir uma medalha de ouro”, conta Ana Carla Brito.
Por trás da história de sucesso desses alunos, está um professor: Antônio Cardoso do Amaral. Ele ensina matemática nas duas escolas de onde saíram os campeões. “Esforço honesto e trabalho com persistência”, diz o professor de matemática.
O trabalho tem dado resultado: nos últimos seis anos, estudantes de Cocal dos Alves conquistaram 120 premiações em Olimpíadas de Matemática.
“Matemática antes na escola era considerada um bicho papão e agora é hoje uma disciplina muito competitiva”, conta a diretora da escola, Elizete Costa.
A outra lição do professor é simples: ele acredita que o compromisso de cada um com a educação pode fazer a diferença: “Comprometimento, acima de tudo, e ainda mais preocupação. Ter a capacidade de se colocar no lugar dos alunos, conhecer as suas dificuldades e tentar superar tudo isso”, explica o professor Antônio Cardoso do Amaral.


G1.com

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