Educaçâo

Tiririca começa a legislar propondo Bolsa-Alfabetização

Tiririca descobre que deputado apresenta projetos de lei
Finalmente o deputado Tiririca (PR-SP) decidiu participar do processo legislativo na condição de autor de projetos que poderão se tornar leis. O palhaço que teve mais de um milhão de votos prometendo na campanha descobrir e contar aos eleitores o que um parlamentar faz em Brasília, descobre que é da atividade apresentar aos pares propostas para serem discutidas e votadas. 

Questionado por sua precária escolaridade, Tiririca decidiu marcar presença como membro titular da Comissão de Educação e Cultura. É assíduo nas reuniões, mas ouve muito e fala quase nada. Ainda não fez qualquer pronunciamento na tribuna do plenário, mas resolveu mostrar serviço por escrito. 

São três projetos de lei, todos recebidos pela Mesa Diretora da Câmara dos Deputados no dia 7 de junho. Dois são relacionados à educação, como uma demonstração de que o "palhaço analfabeto" tem muito a contribuir com a área. Um é destinado aos profissionais do circo, escola da vida de Tiririca.  

O Projeto de Lei (PL) nº 1527/11 prevê a criação de programas de amparo às pessoas e famílias que exercem atividades circenses e de diversões itinerantes, alterando a Lei Orgânica de Assistência Social. "Desejamos que o tratamento da Política Nacional para a População em Situação de Rua seja estendido às pessoas e famílias que desenvolvam atividades circenses", justifica o deputado.

O PL nº 1528/11 institui o Programa Bolsa-Alfabetização para analfabetos com idade superior a 18 anos. O pagamento, estabelece o projeto, será efetuado ao concluinte de curso de alfabetização que demonstrar capacidade de ler e escrever, por meio de carta escrita em sala de aula, de curso oficializado pelo Ministério da Educação. 

Tiririca sentiu na pele o desafio. Para garantir a diplomação e posse, um promotor eleitoral exigiu que ele passasse por um teste de leitura e escrita. o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo se deu por satisfeito com o resultado apesar dos protestos do promotor, que queria reprovar o deputado.

O PL nº 1529/11 cria o Vale-Livro, destinado aos alunos das escolas públicas de ensino infantil, fundamental e médio de todo o País, com valor pecuniário a ser definido pelo Fundo Nacional Pró-Leitura. 

Em defesa da matéria, Tiririca: "Ao instituir o Vale-Livro, estamos criando uma nova cultura literária nas escolas e na sociedade, na medida que o aluno, através de seu gosto e aptidão, vai poder escolher os livros do seu interesse e adquiri-los, poderá levá-los para sua residência, formar sua pequena biblioteca pessoal, além de emprestá-los a seus familiares e amigos. Assim, a leitura deixa de ser uma mera obrigação escolar para se tornar um prazer, pois o aluno escolhe aquilo que realmente quer ler."

Parece que Tiririca não está na política para fazer palhaçadas. Seus eleitores agradecem a contribuição. Mesmo que não sejam aprovados e sancionados, os projetos têm condições de enriquecer o debate em torno da educação e dar visibilidade aos profissionais de circo.
Mauro Sampaio

 

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