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Lideranças trocam DEM por PSD pela sobrevivência

Roberto Kassab

Passados mais de oito anos de governos petistas em nivel nacional e um pouquinho mais de sete em nível estadual uma grande parte de lideranças do DEM resolveu agora mudar de roupa.
Não que o DEM tenha se acabado, contudo vinha definhando, e, de forma mais vexatória e acentuada, nas últimas eleições de 2010. O partido vinha sendo subtraído em função do assédio de outras agremiações as suas bases, do fracasso de lideranças nacionais, estaduais e municipais nas urnas e, principalmente, a postura intransigente de oposição aos governos petistas.
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, dissidente do DEM, que agora aparece como principal liderança do PSD, promete postura independente em relação ao governo, mas também alinhado, caso seja chamado para compor cargos na administração da presidente Dilma Rousseff e do governdor Wilson Martins. 
O presidente Lula foi o principal responsável pelo golpe desferido ao DEM. Suas políticas sociais de transferências de renda sem mediação de prefeitos e vereadores enfraqueceram o jeito político assistencialista do antigo PFL, depois o DEM de fazerem política.
Será que o PSD já nasce com o mesmo ímpeto, ou seja, a mesma fome, que sempre motivou seus descentendes a fazerem política de forma tradicional, ou seja, ocupar cargos nas administrações públicas e alimentar suas bases trocando obras e serviços? Afinal, fazer oposição dá muito trabalho. 
Em nível nacional, o PSD deverá disputar espaço com o PMDB, ou seja, ocupar brechas, trocando apoios administrativos com o governo federal em troca de votos assegurados por uma bancada expressíva de deputados e senadores no Congresso Nacional.
Em nível estadual já estão alinhados deste o primeiro momento com o governador Wilson Martins. Os deputados estaduais, Edson Ferreira e Juraci Leite já votam hoje nas matérias de interesse do governo na Alepi e não fazem qualquer tipo contestação. 
Os deputados federais, Hugo Napoleão e Julio César, são agora só alegria, extamente porque imaginam retomar a boa vida do passado, ou seja, voltarem a serem cortejados pelo executivo, já que em nível municipal ainda possuem uma certa capilaridade, ancorada em muita gente que lhes devem favores e que estão ávidas por desfrutar novamente benesses do poder.
O diabo vai ser combinar toda essa lógica que move o PSD com os atuais anseios populares. Será que o povo continua o mesmo dos tempos da Arena e do PFL? Será que a lógica que alimenta a teia de troca de favores não está enfraquecida? Será que o voto de opinião não vem crescendo? Será que o PSD não passa de um partido com postura ultrapassada, apenas com uma roupagem nova?
Basta  pesquisar as votações nas últimas três eleições de muitas lideranças do DEM e, que hoje estão com os dois pés no PSD, para constatar que suas votações nas urnas estavam em declínio, enquanto que aqueles que deram o pulo do gato antes, ou seja, mudaram para partidos da base de sustentação dos governos Lula e Wellington, reverterem a queda e, o pior, muitos voltaram a se achar novamente grandes lideranças.    
Afinal o que o PSD defende sobre reforma agrária, reforma urbana, reforma política e a reforma tributária? a reforma sindical e trabalhista? a jornada semanal de trabalho? taxação das grandes furtunas? os lucros astronômicos do setor financeiro? o controle social do Estado? Percentuais do PIB em termos de investimentos públicos nas áreas de educação, saúde, segurança pública?       
 Acessepiaui

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