Na terra natal da judoca, amigos e familiares fazem de clube arena especial, assistem às lutas e vivem emoções: vibração, choro e aplausos pelo feito da piauiense; fotos
Os aplausos de reconhecimento com olhos arranhados em lágrimas e vidrados no telão fecharam a tarde de sábado do dia 6 de agosto. Não era o gesto que Francinaldo, Sâmia, Jéssica, Diego e de tantas outras dezenas de torcedores, que se reuniram em um clube em Teresina, gostariam de fazer assistindo às lutas de Sarah Menezes. A judoca, campeã em Londres 2012, deixou a Olimpíada do Rio sem subir ao pódio. Eliminada pela mongol Urantsetseg Munkhbat com uma chave de braço, Sarah terminou em sétimo. Em sua terra natal, aplausos, choro e palavras reforçando a garra da piauiense.
- Só em ela estar lá é um grande feito. É uma categoria muito difícil. Não é bem o que a gente esperava, mas temos que ver que ela teve problemas. Aconteceu, e competição é assim – comentou Jessika Mendes, que assistiu às lutas enrolada na bandeira do Piauí.
No Sesc Ilhotas, um telão foi montado. Desde o começo da manhã, amigos e familiares foram transformando o espaço uma extensão da Arena Carioca 2 do Parque Olímpico. A primeira vitória de Sarah, sobre a belga Van Snick, foi comemorada com muitos gritos. Nas quartas, quando a piauiense perdeu para a cubana Dayaris Mestre, a emoção virou. Na repescagem, lágrimas pelo bicampeonato olímpico sendo perdido.
- É uma guerreira, não foi como era esperado. Acreditávamos no bi, é triste porque a gente sabe o quanto Sarah batalhou para ir à Olimpíada. Nesse último ano, ela se doou muito para confirmar presença. Nas ultimas seis competições, conquistou medalhas em todas. Infelizmente o resultado não veio, mas a gente espera pelo bicampeonato olímpico em Tóquio, em 2020 – disse o amigo Benito Mussoline.
- Sarah continua sendo olímpica, nossa Sarah Menezes. Lutou até o final e está de parabéns – completou Francinaldo Segundo.
A emoção ficou por conta da irmã de Sarah. Sâmia, grávida de nove meses, foi quem organizou a festa em Teresina.
- Que pena que terminou assim. A gente viu que ela tentou dar o melhor de si na competição, que é muito difícil. A Mongol é a primeira do ranking mundial, a gente vê que foi uma disputa muito acirrada. Eu sempre acho que o ouro é mais fácil do que ganhar um bronze, porque você vai indo numa onda de vitória, no bronze a pessoa já entra abalada. Só digo para as pessoas continuarem acreditando. Mas acontece... Cada um tem seu dia. Londres foi assim, cheio de surpresas e ela foi para o pódio, agora é a vez de outro.
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