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Pedro Alelaf: homenagem ao maior dos Tubarões do Litoral



Era 13 de abril de 2004, quando Pedro Alelaf silenciou. Sob a “pena” ágil do exímio Cronista, “o sangue azul de Alelaf deixou de circular na corrente sanguínea do Parnahyba – O Mais Querido”.


Sessenta e oitos anos de dedicação, carinho e de muita esperança: esperança de ver, um dia, o objetivo conquistado. Aconteceu, pouco antes do silêncio, em confidência ao atleta que, também, dera muitas alegrias ao clube, nos gramados, entregando-lhe o troféu, dizendo: “agora eu posso morrer”. Seu Pedro exclamara ao filho Hélio Alelaf, outro ícone do clube azulino [e filho do comendador, como era chamado o Seu Pedro].

Consolidação do clube, como um sentimento cívil – eis a inconfundível razão da alegria de “Seu Pedro”, como era sobremodo conhecido. A luta de muitos anos, desde atleta até ser Presidente, seria o meio para se chegar à conquista tão esperada. Títulos, sim! Mas não significava tudo! Queria ele mais, além dos títulos conquistados, e conseguiu consolidar a grandeza do clube, a representação do Parnahyba Sport Club em todo o estado, não deixando se esvair a relevância da primeira agremiação do futebol piauiense, desde sua fundação, por José Correia, não se limitando apenas a um clube de futebol



Não, de modo algum! Tratava-se do Parnahyba, do “mais querido”, de tradição, de história e sentimento de um povo que acreditou e ainda crê na evolução através do esporte, sobretudo do futebol.

Radicado em Parnahyba, piauiense de Floriano, Pedro Alelaf iniciou sua carreira no futebol aos 17 anos, quando defendia as cores do Comercial de Campo Maior. Em Parnaíba, com o irmão Salomão na década de 30, Pedro Alelaf e amigos reativaram as atividades do Parnahyba Sport Club, fato que lhe rendeu estima da população parnaibana e de toda a sociedade piauiense. Como jogador do Parnahyba, Pedro Alelaf fizera o primeiro gol azulino em 1936, no retorno do clube, goleando o Flamengo. Em 1938, ainda atuando nos gramados, marcou um dos gols da vitória do Parnahyba sobre o Tuna Luso do Pará (4 a 3). Despediu-se dos gramados em 1946, passando a Presidente do Clube, posteriormente, até o seu infausto, em 13 de abril de 2004. É considerado, pela torcida azulina e por amigos, o Eterno Presidente.

Neste 13 de abril de 2012, oito anos de seu infausto, não há um desportista piauiense que, ao ouvir falar em Parnahyba Sport Club, não recorde de Pedro Alelaf, tamanha importância de seu trabalho e de seu amor pelo clube.

 Renneé Cardoso Fontenele

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