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Tarifa de energia pode sofrer aumento de 4% no ano que vem


O baixo nível de abastecimento das hidrelétricas do país, que exigiu grande despacho de térmicas neste ano, deve aumentar em 4% o custo da energia para os consumidores a partir do ano que vem.

Estudo feito pela Abradee (Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica) indica que o percentual de redução, prometido pelo governo com a renovação das concessões, de 20%, deve sofrer o impacto desse gasto extra. Ou seja, a redução pode encolher para 16%, ainda depois dos esforços do governo para manter o percentual prometido.

Por causa da seca prolongada no país, deste ano, essas térmicas que geram energia, mais cara, por meio da queima de combustível ou gás, por exemplo tiveram de ser despachadas em um nível quatro vezes superior ao do ano passado.

O reflexo desse aumento será percebido pelos consumidores brasileiros em períodos diferentes, uma vez que cada empresa distribuidora de energia aplica seu reajuste em um mês determinado do ano.

A redução prevista pelo governo, por sua vez, já deve começar a ser aplicada em fevereiro.

"Em um primeiro momento as distribuidoras pagam essa conta e depois recebem dos consumidores, quando é feito reajuste tarifário", explicou o presidente da Abradee, Nelson Leite.

EMPRESAS

A associação também informou que o lucro líquido total das distribuidoras, em um mês, chega a R$ 1,5 bilhões. Com o pagamento dos despachos, no entanto, esse valor deverá ser reduzido em R$ 650 milhões. Significa um consumo de 40% das receitas do setor.

Por causa disso, as empresas estão preocupadas e já começaram a consultar o governo para identificar possíveis soluções.

"Nos outros anos esse gasto foi muito menor e as empresas terão impacto no caixa muito grande. Nossa sugestão é de que sejam criadas facilidades para fazer empréstimos, assim as empresas farão face a esse capital de giro e a esse recurso que elas terão de pagar e só receber depois", disse.

Na quarta-feira desta semana as associações do setor foram recebidas pelo Ministério de Minas e Energia para discutir se esses empréstimos poderão ser feitos e qual poderá ser o modelo adotado.

Segundo Leite, o grande despacho de térmicas começou a ser feito a partir de novembro.

A cada mês em que se despacha grande volume de térmicas, o custo da energia sobe 0,8% ao consumidor.

A expectativa, segundo a Associação, é de que esse gasto permaneça em igual patamar até março.

Fonte: Folha

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