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Piauí possui tratamento definitivo de arritmias cardíacas graves


O procedimento é a ablação. Nome quase tão complicado quanto os tipos de arritmias cardíacas que pode curar. A arritmia é uma doença que afeta o coração e pode causar a aceleração dos batimentos, cansaço, tonturas, desmaios e até à morte súbita. 

Desde o início deste ano Teresina já conta com um equipamento que cura os tipos mais graves da doença. O sistema Carto 3, da Johnson & Johnson, foi adquirido pelo Hospital São Marcos, que no mês de março realizou com sucesso dois procedimentos, um deles em uma paciente de 28 anos de idade. Os pacientes passam bem e já vivem sem remédios.

As inovações que o Sistema Carto 3 trouxe para o tratamento de arritmias no Piauí serão destaque no VI Congresso de Cardiologia, que será realizado de 25 a 27 de abril em Teresina. 

“Antes, a gente ficava limitado ao tratamento de arritmia simples, então, a gente tinha que encaminhar o paciente para outros estados. Muitas vezes, eles não tinham condições de bancar viagem, estadia, tratamento e não faziam o procedimento, eles ficavam sofrendo com a doença. Agora podemos oferecer tratamento adequado, com chance de cura elevada em casos selecionados. A expectativa é de realizar pelo menos 2 procedimentos de alta complexidade por mês”, afirma o Cardiologista Marcos França.

O médico é o único arritmologista invasivo do Piauí capacitado e autorizado a realizar o procedimento. “O sistema Carto 3 constrói um mapa em 3D do coração, com isso, através de um cateter, eu consigo ver até se existe alguma cicatriz no órgão, o que não é possível através somente de raios-x, eu consigo ver qual é o circuito que os sinais elétricos percorrem através do músculo, a localização do ponto que provoca a arritmia. A ablação é a cauterização deste ponto que provoca o ‘erro’ no batimento cardíaco. Há arritmias que são bem pontuais, é um único foco, se o cateter sai do lugar, por exemplo, o sistema te permite retorar ao mesmo ponto, isso melhor nossa chance de sucesso”, explica o especialista Marcos França.

Ainda de acordo com o cardiologista, as chances de sucesso na cura de arritmias, quando é usado o procedimento é a ablação, podem chegar até 95% em determinados casos e o paciente fica livre do uso de medicamentos, que são caros e podem causar diversos efeitos colaterais. Em comparação, o tratamento através de medicamentos antiarrítmicos, que o paciente tem que tomar para o resto da vida, controla as arritmias em cerca de 70%. A fibrilação atrial é a arritmia cardíaca sustentada mais frequente e aumenta com a idade. A prevalência da mesma na população geral é estimada entre 0,4% e 1%, o que acometeria 1,5 milhões de brasileiros.

Fonte: Ascom

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