Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo afirma que o governo federal estuda a importação de engenheiros para trabalhar no Brasil, assim como o recém criado Programa Mais Médicos. O Estadão ouviu o presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, sobre o assunto. E, segundo ele, o problema das prefeituras não é somente a falta desses profissionais.
De acordo com o jornal, a ideia do Palácio é trazer os engenheiros de Portugal e Espanha, por conta da proximidade da língua e da crise de emprego nestes países. Isso, para o governo, ajudaria os Municípios que não conseguem elaborar e executar projetos por causa da ausência de engenheiros, principalmente em cidades do interior.
Para a reportagem Ziulkoski afirmou: "além da dificuldade em formar um quadro com engenheiro civil, mecânico e agrônomo, a demora na liberação de licença ambiental e a dificuldade para comprovar a propriedade de um terreno também atrapalham muito". Portanto, o presidente da CNM explica que existem outros obstáculos na captação de recursos e, consequentemente, no desenvolvimento dos Municípios.
Contrapartida
Ziulkoski apontou também a necessidade de contrapartida nos projetos e programas do governo federal. Se, para uma obra, por exemplo, é preciso aplicar recursos próprios, a prefeitura não tem como fazer. Assim, não adianta ter o engenheiro disponível.
Ideia semelhante foi apresentada em relação à vinda de médicos estrangeiros. Para ele, pouco adianta ter os médicos se não há estrutura na saúde pública, nos hospitais e postos.
"Tudo tem um custo, é um presente de grego. Eu sou o primeiro a dizer aos prefeitos que nem mandem projetos, porque eles nem conseguem manter os que já têm. Só que os 4.100 novos eleitos ainda estão sonhando, achando que podem fazer muita coisa", disse Ziulkoski ao Estadão.
Fonte: CNM
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