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Piauienses são resgatados de situação de trabalho análoga à escravidão


Mas um caso de caso de situação de trabalho análogo à escravidão com piauienses foi evidenciada em São Paulo. Trabalhadores do município de Barras, localizado a 119 km de Teresina, foi encontrados atuando em obras da Escola de Ensino Fundamental Cortegaça, localizada no Capão Redondo, zona sul de São Paulo, cuja responsabilidade é da prefeitura e empreiteira contratada Kallas Engenharia.


Segundo divulgação da Central Sindical e Popular (CSP- Conlutas), a princípio eram nove os funcionários vindos de Barras. Um deles, Paulo Ricardo Neto da Silva, de 30 anos, adoeceu e foi mandado ao Piauí pelo gato – atravessador que faz a contratação de forma fraudulenta para as empresas – da empreiteira subcontratada para a obra. O pedreiro foi despachado na rodoviária sem nenhum tipo de encaminhamento médico e sem sua carteira profissional. O outro, Francisco Gama de Lima, de 26 anos, decidiu ir embora após 15 dias de trabalho.

Todos trabalham sem registro na carteira profissional, sem direitos recolhidos, e a maioria chegou a São Paulo no dia 25 de janeiro.

Depois de um mês de contato com a Superintendência Regional do Trabalho (SRT), após 1h30 de espera por atendimento dos auditores da pasta, o membro da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas que acompanha o caso, Atnágoras Lopes, foi informado de que os fiscais não o receberiam naquele momento, embora estivesse com fotos, áudio de uma entrevista de 30 minutos feita com os trabalhadores, e um vídeo entregue por eles que mostra a precariedade do cômodo que abrigava sete dos nove funcionários.




“Nós só queremos voltar ao Piauí, receber nossos direitos e poder estar em segurança. Tem um rapaz que pega carona com o gato todo dia para ir à obra. Ele mostra a pistola embaixo do banco e diz que usa a arma para resolver os problemas mais arriscados. Quando pedimos folga, ele diz ‘só vai descansar quando morrer’”, diz Antônio Francisco do Nascimento, um dos pedreiros da obra.

O vídeo entregue pelos operários mostra um cômodo de menos de 4mx4m, com os alimentos estocados no chão, abaixo da pia, próximo a um banheiro improvisado. O local não possui cozinha.





Diante da omissão dos órgãos competentes, e da pressão dos trabalhadores que relataram ameaças de morte, a CSP-Conlutas organizou o resgate dos sete operários e deve encaminhar o caso a Delegacia de Crimes Raciais e de Intolerância (Decradi) para registro de Boletim de Ocorrência.

Eles foram ouvidos pela Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes contra a Liberdade Pessoal e, após as primeiras medidas de urgência, a denúncia deve voltar aos órgãos trabalhistas responsáveis, e uma nova conversa deve ser agendada na SRT.

*Com informações e fotos do site CSP-Conlutas

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