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Assunto delicado, a halitose é um problema que afeta grande parte das pessoas. Embora seja aparentemente fácil de ser resolvida, segundo a cirurgiã dentista Rosely Cordon, ela tem difícil diagnóstico justamente pelo constrangimento que provoca. Mas mais do que um mero problema bucal, o mau hálito pode ter como causas doenças mais sérias, como distúrbios gástricos.

Sendo assim, não adianta ter vergonha. Se você percebeu que seu hálito já não fica mais fresco, procure um especialista. “O problema pode ser classificado em 8 graus. Até o grau 7, ele pode ser resolvido exclusivamente pelo dentista, já no grau 8 ele preciso ser tratado em duas frentes: médica e odontológica”, explica Rosely.

Embora a maioria das pessoas associe o problema à má qualidade ou falta de escovação, a halitose pode ter outras causas bucais, como redução na produção da saliva, o que termina provocando a saburra lingual, uma placa bacteriana esbranquiçada ou amarelada que se forma no fundo da língua; e inflamações na gengiva, como gengivite e periodontite. Nesses casos, o dentista é o profissional adequado para tratá-los.

Como cerca de 90% dos problemas de mau hálito tem origem na boca, não adianta reforçar que aqueles cuidados diários são fundamentais. “Passe fio dental e, em seguida, escove os dentes. Limpe a língua com a escova de dentes ou com um limpador próprio para esse fim. E, por fim, faça bochecho com enxaguante bucal. Esse ritual deve ser feito três vezes ao dia, especialmente à noite”, ensina a especialista. Assim, é possível evitar pelo menos a placa bacteriana e as doenças da gengiva.

Quebrando mitos
Ao contrário do que se imagina, alimentos como alho, cebola, picles, repolho e couve não causam o mau hálito. Na realidade, esses alimentos com cheiro forte ou ricos em enxofre, podem piorar o quadro. “Em geral, o odor desses alimentos passa logo. Apenas quando a halitose é um problema local ou sistêmico que ele perdura”, diz Rosely.

Por outro lado, a alimentação pode ser uma aliada na prevenção do problema. Afinal, alimentos com mais fibras, contribuem na limpeza do dorso da língua e aumentam o fluxo da saliva. O mesmo acontece com a água, que quando ingerida evita que a parte sólida da saliva fique ainda mais espessa, acumulando no fundo da língua, o que aumenta a ocorrência de halitose. Daí a importância de beber de dois a três litros de água por dia.

Causas extra bucais
Além de origem bucal, Rosely explica que o mau hálito pode ter origem extra bucal, ou seja, ser causado por outras doenças. Neste caso, o problema deverá ser tratado por outro especialista. E as causas podem ser problemas respiratórios, gastrointestinais e até mesmo sistêmicos, como diabetes e problemas renais ou hepáticos.

Inflamações na garganta, nos pulmões e nas amígdalas podem ser grandes responsáveis por halitose. Quando inflamadas as amígdalas, por exemplo, há formação de muco que provoca a saburra lingual, ocasionando um forte odor. Sendo assim, quando identificado o problema, a medida ideal é ir um especialista que te encaminhará ao tratamento adequado.

E não se esqueça: esse é um problema muito comum e de fácil tratamento. Portanto, não se envergonhe. Para evitá-lo, vá ao dentista pelo menos uma vez ao ano fazer um check-up. Esse cuidado pode ajuda não só a manter o hálito fresco, mas também um belo sorriso.
Fonte: MSN

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