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Litoral piauiense: Mais de 7 mil filhotes de tartaruga foram liberados ao mar

Começou oficialmente na última quarta-feira (14) o período de desova de tartarugas marinhas no Litoral do Piauí. A temporada reprodutiva inicia no mês de janeiro e segue até meados de junho, quando acontece o nascimento de novos filhotes. “Ontem (14) a primeira tartaruga subiu para desova. Esse é o marco do início da reprodução. Agora, em média de cinquenta a sessenta dias, já teremos novas tartarugas nascendo”, afirma Verlane Magalhães, coordenadora técnica do Projeto Biodiversidade Marinha do Delta (BioMade).
Verlane, que é bióloga, alerta que nesse período é preciso ter cuidado ao se andar pela praia e ter atenção às placas que sinalizam os locais de ninhos. “Nesse período de férias, é bom alertar para não se andar de carro na praia, porque pode ser muito prejudicial aos ninhos que estão por ali”, coloca. 
Durante o ano passado, o projeto Biomade, em parceria com Programa Petrobras Socioambiental registrou a desova de três espécies de tartaruga marinha (tartarugas-de-pente, tartaruga-oliva e tartaruga-de-couro) e a liberação de aproximadamente sete mil filhotes no Delta do Parnaíba, na Área de Proteção Ambiental (APA) entre os estados do Piauí e Maranhão.
O local é o segundo sítio regular de desova no litoral brasileiro da tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea), espécie criticamente ameaçada de extinção. Na temporada passada, o projeto registrou 15 ocorrências do animal, sendo oito fêmeas identificadas. Destas, três retornaram na mesma área para pôr ovos.
Para ajudar a acompanhar o número de fêmeas que utilizam a área para desovar e definir estratégias de conservação, o projeto passou a utilizar em 2014 anilhas – um tipo de placa com dados do animal, que foram cedidas pelo projeto Tamar, também patrocinado pela Petrobras.
As atividades realizadas pelo Biomade se estendem ainda ao levantamento de espécies de peixes, desde o litoral piauiense até a Ilha dos Poldros (MA).Um inventário prévio das espécies de peixes realizado entre 2013 e 2014 ajudou a identificar espécies de interesse comercial que constam como ameaçadas, segundo a lista do Ibama. No total, 3.196 exemplares de peixes foram verificados e 72 espécies identificadas.
 Francicleiton Cardoso- Jornal O DIA

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