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PIB oficial: Piauí registra crescimento de 2,4% em 2013

O Produto Interno Bruto do Estado do Piauí em 2013 apresentou expansão real de 2,4% em relação ao ano anterior. Em valores correntes, o resultado alcançado foi de R$ 31.240 milhões. "Depois de obter uma taxa de crescimento de 5,3% em 2012, o Piauí continua crescendo, só que o ritmo de crescimento sofreu uma diminuição, decorrente, sobretudo, dos problemas enfrentados pela Agropecuária", explica o doutor em economia e presidente da Fundação Cepro, Cezar Fortes.
A Fundação Centro de Pesquisas Econômicas e Sociais do Piauí (Fundação Cepro) apresenta os resultados do Produto Interno Bruto (PIB) para o ano de 2013. Um trabalho realizado em parceria e sob a coordenação do IBGE-RJ, utilizando metodologia padronizada para todos os estados brasileiros. O PIB representa a soma, em valores monetários, de todos os bens e serviços produzidos e tem como principal objetivo mensurar a atividade econômica, numa determinada região e durante um período especifico de tempo.
Nos últimos três anos (2011 – 2013), segundo a pesquisa, o Piauí acumulou um crescimento de 13,4%, o que representa uma média anual de 4,46%. Assim, o PIB estadual em 2010 foi de R$ 22,3 bilhões, tendo alcançado R$ 31,2 bilhões no final do período. Por outro lado, o Brasil, no mesmo período, cresceu 9,1%, representando 3,0% ao ano em média.
O Piauí ocupa a 22ª posição no ranking das maiores economias do Brasil com 0,6% na participação da riqueza nacional, ganhando uma posição em relação ano de 2012 (23ª).
O PIB brasileiro atingiu R$ 5,3 trilhões em valores correntes de 2013, significando um crescimento de 3% em relação ao ano anterior. Com este resultado, o PIB per capita do país alcançou R$ 26.445,72 , superando o valor de 2012 (R$ 24.779,53 ) sempre em valores correntes.
PIB per capita (ou renda per capita)
Esses números correspondem à divisão do PIB pela população residente. Este dado é encaminhado oficialmente pelo IBGE ao Tribunal de Contas da União (TCU), para utilização como um dos critérios de rateio do cálculo do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Em 2013, o Piauí obteve uma renda per capita de R$ 9.811,04, antes R$ 9.056,89 em 2012.
PIB per capita e Taxa de Crescimento Piauí e Brasil.( Foto: Fundação Cepro)



Agropecuária
O setor agropecuário foi o principal responsável pela queda no ritmo de crescimento observado no Piauí em 2013. Em consequência, o setor perdeu participação na estrutura produtiva estadual, passando de 7,86% em 2012 para 6,38% em 2013. O valor adicionado do setor caiu 26,07% em 2013, consequência de fatores climáticos desfavoráveis que prejudicaram tanto a agricultura moderna dos Cerrados piauienses, quanto à agricultura familiar.
Na safra de 2013, colheu-se 1,56 milhão de toneladas de grãos, caracterizando uma queda de 29,65 % em relação ao ano anterior.  Para efeito de comparação, registre-se que a produção estadual de grãos para o ano de 2015 está estimada em 3,3 milhões de toneladas de grãos, o dobro da safra de 2013. “Em 2014, nós já tivemos melhores resultados neste setor e em 2015 esses números foram ainda superiores, o que, com certeza, dará um salto no nosso PIB de 2015”, explica Cezar Fortes.
Também pelo lado da pecuária, o ano de 2013 registrou um difícil desempenho. Assim, tanto os rebanhos bovino, suíno, quanto o caprino sofreram acentuadas reduções.
Indústria
“Em 2013, enquanto a agropecuária estava mal, tivemos um bom crescimento industrial e de serviços; já hoje, em 2015, é a agropecuária e o setor de serviços que têm melhor desempenho, em contrapartida temos, atualmente, um setor industrial com problemas, principalmente na construção civil e indústria de transformação”, atualiza Cezar Fortes.
A atividade industrial é composta pela indústria extrativa mineral, de transformação, construção civil, produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de resíduos e descontaminação. Em 2013,  essas atividades representaram 12,36% da economia piauiense, somando R$ 3.438 milhões do Valor Adicionado Bruto do Estado. Os principais aumentos foram verificados na Indústria Extrativa 17,98%, na Construção Civil 9,31%, e na Indústria de Transformação 3,40%.
Os Serviços Industriais de Utilidade Pública (SIUP), que é a produção e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de resíduos e descontaminação, decresceram em 2013 a uma taxa de 0,97% em comparação com o mesmo período de 2012. A distribuição de energia e água motivou a redução dessa taxa. Também observou-se retração no setor de geração de energia. A Construção Civil experimentou um bom crescimento no ano de 2013, (9,31,%) em relação a 2012 (6,01%); e a Indústria de Transformação cresceu em 2013 (3,40%).
A Indústria Extrativa cresceu em 2013 17,98%, com destaque para extração de calcário, dolomita e extração de mineral para fabricação de adubos.
Serviços
Quanto aos Serviços, responsável por 81,26%  do Valor Adicionado em 2013, o setor cresceu a uma taxa de 4,0%.  O bom desempenho fez crescer sua participação na economia do estado em 4,4 pontos percentuais, com destaques para as atividades: Administração Pública (Administração, educação, saúde, pesquisa e desenvolvimento públicos, defesa e seguridade social) 34,41%; Comércio 18,49%; Atividades Imobiliárias 7,74%; Atividades Profissionais Científicas e Tecnológicas 4,90%; e Alojamento e Alimentação 3,40%.

A atividade Comércio, parte importante do setor de serviços, ganhou participação na Economia em 2013 evoluindo de 17,54% para 18,49%.  Também a atividade Administração Pública, que possui grande peso na Economia do estado, aumentou sua participação; em 2012 representava 31,92% e em 2013 passa a ser 34,41%.
Quanto ao crescimento das atividades do setor Serviços, os mais expressivos foram: Serviços de Informação e Comunicação (23,56%),  Atividades profissionais, científicas e técnicas (9,37%); Atividades Financeiras (8,70%);  Comércio (6,38%) e Transportes (5,08%).
Rosa Rocha

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