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'PT não fará aliança com siglas que apoiam o golpe', diz secretário geral

Romênio Pereira, secretário geral nacional do PT (Foto: Cícero Portela / O DIA)
O secretário geral do diretório nacional do Partido dos Trabalhadores, Romênio Pereira, está em Teresina nesta quarta-feira (9) para uma reunião destinada a debater com dirigentes locais as estratégias a serem adotadas pela sigla nas eleições municipais deste ano.
Além disso, outro tema discutido pelos petistas foi a atual crise política, econômica e moral por que passa o país, que culminou com a condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para depor no Aeroporto de Congonhas, na última sexta-feira (4), durante a 24ª fase da Operação Lava Jato, batizada de “Aletheia”.

O secretário geral afirma que os diretórios estaduais e municipais estão livres para decidir que caminho seguir no pleito de outubro - se lançando candidatura própria ou apoiando candidatos mais viáveis de outros partidos. No entanto, a orientação da Executiva nacional é que o partido não faça composições com as quatro principais legendas da oposição - PSDB, DEM, PPS e SD -, que defendem abertamente o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).
"Como secretário geral do PT nacional, eu sou um dos responsáveis por acompanhar as eleições no país, nos mais de 5 mil municípios. E o Piauí está entre os Estados que eu escolhi para acompanhar diretamente. A partir desta reunião com os diretórios estadual e municipal [de Teresina], quero ter uma ideia de como o partido está se preparando para disputar as eleições em todo o Estado. Não há nenhuma determinação nacional de como os diretórios devem se ater. Nós defendemos uma política de aliança e essa política é que terá que ser obedecida em cada município do país. Nós aprovamos que não deveremos nos aliar a partidos que hoje se articulam para dar um golpe nas eleições livres e democráticas que nós fizemos em 2014 - que é o PSDB, o Democratas, o PPS e o Solidariedade", afirma Romênio Pereira.
Aécio citado na 'Operação Lava Jato'
O dirigente petista também comentou a nova citação do senador Aécio Neves (PSDB-MG) em delações feitas à força-tarefa da Operação Lava Jato, desta vez pelo também senador Delcídio do Amaral (PT-MS), que já foi filiado ao PSDB no Governo de Fernando Henrique Cardoso, e até ser preso, em novembro do ano passado, ocupava o posto de líder do Governo Dilma Rousseff no Senado Federal.
Romênio Pereira evitou comentar o suposto envolvimento do oposicionista no esquema de corrupção que desviou bilhões da Petrobras, mas disse considerar que o tucano é um dos principais personagens da trama que, segundo o petista, está sendo armada para derrubar a presidente Dilma. 
"Eu acredito que o senador Aécio, presidente nacional do PSDB, é hoje o grande articulador desse golpe que estão tentando fazer no país, que a população e os setores democráticos não vão aceitar. No entanto, parece que o senador Aécio aparece mais na Operação Lava Jato do que no plenário do Senado pra fazer discurso", disparou Romênio.
Ministério para Lula
O secretário geral do PT ainda disse desconhecer a existência de tratativas dentro do partido para que o ex-presidente Lula assuma um ministério no Governo Federal, com vistas a adquirir foro privilegiado e, desta forma, evitar ser preso por uma determinação do juiz Sérgio Moro, que comanda os julgamentos dos envolvidos no esquema descoberto pela Operação Lava Jato.
 Cícero Portela

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