O gasto do Piauí com pagamento de servidores em 2016 foi de R$ 4,770 bilhões – o que dá média de R$ 397,5 milhões mensais com salários, pensões e aposentadorias. É muito dinheiro, mas bem mais que a previsão inicial, de R$ 4,548 bilhões. Na ponta do investimento em obras, não chegou nem à metade da aplicação de recursos prevista inicialmente. O volume a menor investido ficou em torno de R$ 880 milhões.
O aumento de gasto com salários de servidores entre o que estava previsto e o que de fato ocorreu foi de 4,88% ou redondos R$ 222 milhões.
Somaram R$ 2,397 bilhões as demais despesas de custeio, que no orçamento são chamadas despesas correntes, ou seja, os gastos do dia a dia para manter a máquina administrativa funcionando.
Era de R$ 2,002 bilhões o valor inicialmente previsto para recursos destinados às despesas cotidianas – combustíveis, remédios para hospitais, internet, telefone, energia, água etc. Mas no fechamento do exercício, em dezembro, o custeio tinha consumido R$ 2,397 bilhões, num crescimento de 19,7% - mais que o triplo do IPCA (índice oficial de inflação) do ano, que foi de 6,39%.
Na soma, as despesas de custeio (salários mais gastos correntes) somaram R$ 7,327 bilhões, um volume bem superior ao que se previu na Lei Orçamentária Anual, que era de R$ 6,701 bilhões. O crescimento dessas despesas foi de 9,34%, bem próximo do IPCA de 5,39%,
Se o dinheiro utilizado para pagamento de despesas e pessoal teve aumento sobre a previsão inicial, o investimento cresceu como rabo de vaca, para baixo. Previam-se aplicar R$ 1,693 bilhão em obras, mas em dezembro de 2016 o dinheiro que se destinou a investimento somou apenas R$ 813,3 milhões.
O volume de investimento correspondeu a somente 48,03% do valor inicialmente projetado, o que em números absolutos representou R$ 880 milhões que o Estado deixou de aplicar em estradas ou novas barragens, por exemplo.
O número está no balanço veiculado na edição do Diário Oficial do Estado de 27 de janeiro de 2017.
Cláudio Barros
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