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Francisco Ispo, presidente do Caiçara (Foto: Emanuele Madeira/Globoesporte.com) |
A diretoria do Caiçara tenta colocar o clube novamente na primeira divisão do estadual. O clube encontra-se atualmente suspenso pela FFP por ter perdido uma partida por W.O no Campeonato Piauiense de 2016, além de ter outra suspensão emitida pela Justiça do Trabalho, relativa a débitos relacionados a multa por expor os jogadores a condições análogas à escravidão. No entanto, o clube conseguiu uma autorização judicial para disputar o Estadual deste ano, e agora tentará autorização também com a federação no arbitral previsto para acontecer nesta quarta-feira.
A autorização ao Caiçara foi assinada pelo procurador Ednaldo Brito. O acordo não exime o Caiçara do pagamento das multas estipuladas, mas concede o direito de disputar o Campeonato Piauense de Futebol Profissional em 2018, conforme diz o despacho. Ainda segundo o documento, o clube só pode ser impedido de entrar na competição em caso de nova proibição emitida pela Justiça ou pelo Ministério Público.
- A Justiça determinou a suspensão do Caiçara, mas o Dr. Ednaldo está agora autorizando o Caiçara a participar do Campeonato Piauiense 2018. Nós agora dependemos de uma autorização da Federação, no arbitral de amanhã. A gente vai ter uma conversa amigável para voltar ao campeonato. O Caiçara não está suspenso nem foi rebaixado - diz Francisco Ispo, presidente do clube campomaiorense.
Essa não é a primeira vez que o Caiçara tenta voltar a ativa desde que foi suspenso. O clube tentou revogar a suspensão em agosto deste ano, além de fazer inscrição para disputar a Série B estadual, mas não foi autorizado pela FFP, que justificou a decisão com as suspensões aplicadas ao Leão, tanto pela federação quanto pela Justiça do Trabalho. Com a parte judicial resolvida, o clube tenta voltar à elite do futebol no estado.
- O presidente da FFP conversou com o nosso advogado e disse que na Série A não tem como o Caiçara retornar, mas há uma determinação judicial. Nós estamos querendo o direito de continuar na primeira divisão - afirma Ispo.
Para o presidente da FFP, no entanto, não será tão fácil assim. Cesarino Oliveira confirmou o que foi dito pelo próprio Ispo e que, caso queria retornar à primeira divisão do Piauiense, precisará passar pela divisão de acesso. A suspensão aplicada pela federação se encerra em abril de 2018.
- Pela lei Pelé, você não dispõe da possibilidade de convidar clubes. Você tem alguns pré-requisitos que a lei diz. Não tem nada a ver se ele se ajustou com a Justiça do Trabalho. Para ele disputar o Campeonato Piauiense, teria que ter disputado a segunda divisão. Ele vai procurar a FFP, acertar a sua situação de irregularidade, e a partir do próximo ano disputar a segunda divisão - afirma Cesarino.
Problemas desde 2016
Os problemas do Caiçara já se estendem por cerca de um ano e meio. Em 2016, durante o segundo turno do Piauiense, o clube foi acusado de manter os jogadores em condições análogas à escravidão. Muitos atletas deixaram o time no meio do torneio e, sem atletas suficientes, a equipe deixou de comparecer a um jogo contra o River-PI, perdendo por W.O. Como previsto em regulamento, o clube foi suspenso por dois anos de competições profissionais e não-profissionais, além de condenado a pagamento de multa.
globoesporte.com/pi
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