O diretor disse que a subestação de Macapá tem dois transformadores, sendo que um virou sucata após um incêndio e o outro teve que ser recuperado. Mas relatou aos parlamentares que a subestação não apresentou nenhum indício de problemas desde 2015.
A Aneel fez uma fiscalização na subestação de Oriximiná em fevereiro de 2019 e multou a empresa por falhas comprovadas. Segundo André da Nóbrega, o monitoramento é feito por indícios, já que o sistema de transmissão de energia brasileiro tem 1.418 linhas e 409 subestações. A LMTE é responsável por 6 linhas e 4 subestações:
“Nós tínhamos três transformadores no Amapá. A falha de mais de um transformador era um evento totalmente improvável do ponto de vista da engenharia, mas é uma realidade, aconteceu. Agora, equipamentos não são à prova de negligência e é aqui que a fiscalização da Aneel vai atuar. Não vamos tolerar negligência. ”
André da Nóbrega disse que outras empresas fizeram o mesmo pedido. Ele afirmou, porém, que, em junho, a agência respondeu a todas as empresas que reconhecia as dificuldades, mas que as regras seriam mantidas.
O diretor da Aneel disse que a empresa concessionária poderá ter que pagar multas de até 2% do seu faturamento por cada falha comprovada; a legislação também permite à agência intervir na empresa ou solicitar a extinção da concessão. Ele confirmou que a multinacional que controla a LMTE passou por problemas financeiros e, em 2019, houve uma mudança societária que foi submetida à agência. Hoje a empresa que detém 85% da LMTE é a Gemini Energy.
Vários parlamentares criticaram as tentativas de privatização do setor, principalmente da Eletrobras, por causa de situações como a do Amapá, mas a deputada Paula Belmonte (Cidadania-DF) considera a privatização fundamental. "Nós não podemos deixar que uma situação dessa, que é uma situação séria, atinja uma agenda tão importante para o desenvolvimento do País. ”
André da Nóbrega disse que, para dar mais segurança ao sistema do País como um todo, é necessário investir cerca de R$ 88 bilhões no setor até 2022.
Fonte: Agência Câmara de Notícias
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