Educaçâo

Palestra Espírita - Limites: O que são? Onde estão? 


Não vai muito longe o tempo em que, um simples olhar dos pais era suficiente para que os filhos entendessem o recado e obedecessem.
Nos úlltimos anos, a mudança de comportamento dos jovens em casa e na escolapassou a inquietar pais e educadores. O que fazer? Como fazer? 
Preocupado com essas questões, um professor de Ética e Cidadania, prof. Roberto Candelori, entregou um texto na sala de aula para ser entregue aos pais e, a única condição solicitada era de que ficassem ao lado dos pais até que terminassem a leitura. 
Segundo Rosely Sayão, psicóloga, “É necessário ser impopular para educar”. Conforme a mensagem pais maus, no intuito de zelar pela educação dos filhos, atitudes impopulares (para os filhos) foram tomadas pelos pais, que os salvaguardaram de situações embaraçosas e que somente seriam reconhecidas como benéficas, quando estivessem adultos, o suficiente, para entender a lógica que motiva os pais a educarem seus filhos com amor.
O espírito Emmanuel esclarece que, “A melhor escola ainda é o lar, onde a criatura deve receber as bases do sentimento e do caráter”.
A responsabilidade pela orientação dos filhos é dos pais. A inversão desse papel é que tem trazido tantos dissabores aos lares da atualidade. A presença dos pais sempre se fez necessária na educação dos filhos. Cabe aos pais e a ninguém mais a responsabilidade pela educação dos filhos, no entanto, muitas crianças estão entregues na maior parte do dia, à auxiliares domésticos ou a escola. Com a saída da mulher para o mercado de trabalho, a educação dos filhos, atribuída em maior parte às mães, foi ficando decadente.
André Luiz, no livro “Mecanismos da Mediunidade” informa que, "O lar é o mais vigoroso centro de indução que conhecemos na Terra".
"(...) O Espírito reencarnado, no período infantil, recolhe dos pais os mapas de inclinação e conduta que lhe nortearão a existência, em processo análogo ao da escola primária, pelo qual a criança é impelida a contemplar ou mentalizar certos quadros, para refleti-los no desenvolvimento natural da instrução". 
Complementa, Emmanuel “O período infantil é o mais sério e o mais propício à assimilação dos princípios educativos”.

A palavra chave no relacionamento entre pais e filhos é "exemplos" – Não é só falar, é fazer.
“As crianças de todos os tempos têm duas coisas em comum: estão de ouvidos fechados para conselhos e olhos abertos para os exemplos.” Anônimo.
Exemplificando: A criança chega a sala e encontra a mãe assistindo um filme de terror. Imediatamente, a mãe diz para a criança que ela não pode assistir aquele filme porque ele é feio. A criança dirige-se, então, à avó e diz: "A minha mãe disse que eu não posso assistir aquele filme porque é feio, e ela está assistindo. Vá lá e diga que ela também não pode!"
Interessante notar, que a criança dirige-se à sua avó, por entender que é a mãe de sua mãe e que tem autoridade sobre ela.
Do livro - Educação limites e afetividade - da educadora Edileide de Souza Castro, anotamos 10 atitudes que facilitam a construção de limites, mantendo a afetividade:
1º Trate o comportamento do seu filho sem irritação ou raiva.
Jamais diga: "Eu tenho ódio dessa sua atitude".
2º Admita os comportamentos inadequados e trate-os distante de outras pessoas.
Jamais diga: "Meu filho não faria isso!"
3º Diferencie a criança ou adolescente do erro. Não condene.
Jamais diga: "Você é um marginal".
4º Associe o toque físico afetivo às palavras de correção.
Finalize a conversa com um abraço.
5º Use o “não” de maneira sábia e equilibrada.
Não diga "não" agora e "sim" daqui a pouco.
6º Evite manipular ou deixar-se manipular.
Se você não fizer isso, não vai ganhar... Só faço isso, se você me der...



7º Trabalhe suas emoções para não fazer compensações ou concessões por sentimento de culpa.

A mamãe ou o papai vai precisar sair, mas vai trazer um presentinho pra você.
8º Evite o jogo do “empurra-empurra”.
Jamais diga: "Deixe seu pai chegar que você vai ver". Resolva!
9º Seja coerente na rotina. Seja o exemplo.
10º Seja perseverante e consistente.
E encerrando, deixamos para reflexão o item 9, do capítulo XIV, do Evangelho Segundo o Espiritismo.
Desde pequenina, a criança manifesta os instintos bons ou maus que traz da sua existência anterior. A estudá-los devem os pais aplicar-se. Todos os males se originam do egoísmo e do orgulho. Espreitem, pois, os pais os menores indícios reveladores do gérmen de tais vícios e cuidem de combatê-los, sem esperar que lancem raízes profundas. Façam como o bom jardineiro, que corta os rebentos defeituosos à medida que os vê apontar na árvore. Se deixarem se desenvolvam o egoísmo e o orgulho, não se espantem de serem mais tarde pagos com a ingratidão. Quando os pais hão feito tudo o que devem pelo adiantamento moral de seus filhos, se não alcançam êxito, não têm de que se inculpar a si mesmos e podem conservar tranqüila a consciência.
Por Dora Rodrigues

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