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Petrobras reajusta gasolina em 7,83%; aumento não chega à bomba


Após intensas negociações com o governo nos útimos dias, a Petrobras conseguiu o aval para reajustar os combustíveis. Para evitar que o reajuste chegue ao consumidor, o governo zerou um tributo --o que, na prática, compensa o aumento.
A gasolina vai sofrer um aumento de 7,83% na refinarias a partir da próxima segunda-feira (25). Já o diesel subirá 3,94%, também nas unidades de refino da estatal.
Os percentuais consideram os preços sem impostos e contribuições como a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico).
O Ministério da Fazenda informou que, para neutralizar os impactos dos reajustes, o governo federal vai reduzir a zero as alíquotas da Cide destes combustíveis.
"Dessa forma, os preços, com impostos, cobrados das distribuidoras e pagos pelos consumidores não terão aumento", informou a Fazenda.
O Sindicom (sindicato das distribuidoras) diz que o preço ao consumidor ficará inalterado. O preço da Petrobras vai incorporar o que o governo arrecadava com a Cide, afirma Alízio Vaz, presidente da entidade.
O espírito da medida, diz, é o de anular o aumento e zera a Cide pela primeira vez na história. O tributo tinha um valor fixo de R$ 0,091 por litro da gasolina.
Para que não houvesse repasse para o consumidor, a Cide teria que ser zerada caso a gasolina subisse até cerca de 8%, e o diesel, até 4%.
Em nota, a Petrobras afirmou apenas que "esse reajuste foi definido levando em consideração a política de preços da companhia, que busca alinhar o preço dos derivados aos valores praticados no mercado internacional em uma perspectiva de médio e longo prazo."
Diante das oscilações do mercado externo, os preços dos combustíveis no país estavam defasados e direção da estatal argumentava que era necessário um reajuste afim de manter seu cronograma de investimentos.
COBRANÇA
A presidente da Petrobras, Graça Foster, já havia avisado à presidente Dilma Rousseff que o congelamento de preço dos combustíveis estava afetando a geração de caixa da empresa e comprometendo sua capacidade de investimentos. A gasolina não sofre reajuste desde o ano passado.
A ala política do governo, entretanto, defendia um adiamento estratégico do reajuste da gasolina para depois das eleições municipais, diante do receio de impacto negativo para os candidatos da base aliada. O Planalto ficou de dar uma palavra final após a Rio+20.
A promessa do reajuste havia sido repassada à presidente da Petrobras antes da aprovação do plano de investimentos da estatal, de US$ 236,5 bilhões até 2016 --5,2% mais do que o anterior, que previa investimentos de US$ 224,7 bilhões entre 2011 e 2015.
O Conselho de Administração aprovou, na semana passada, um aumento pequeno nos investimentos. Ao elaborar o plano, a estatal embutiu nos cálculos reajuste de 15% nos combustíveis.
PETRÓLEO
A queda no petróleo nas últimas semanas, que reduziria custos da empresa, está sendo quase totalmente anulada pela valorização do dólar.
Nesta sexta-feira, o petróleo fechou em alta de quase 2% na Inglaterra e nos Estados Unidos.
A alta na moeda dos EUA atinge a estatal porque ela tem dívidas no exterior e importa gasolina e diesel para o mercado o interno. Nesta semana, por exemplo, a alta acumulada do dólar é de 1%.
Dilma espera contar com a empresa para alavancar o ritmo de investimentos do país a fim de tentar reaquecer o crescimento da economia.
O Planalto está preocupado com o risco de o país crescer em 2012 menos que os 2,7% do ano passado.

Folha

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