Arimateia Passos |
Os bancários do Piauí, juntamente com a categoria em todo o país, podem entrar em greve por tempo indeterminado a partir da zero hora do próximo dia 19. Nesta quinta-feira (12/09), está marcada uma Assembleia Geral Extraordinária na sede do Sindicato dos Bancários do Piauí, a partir das 18h, quando a categoria vai discutir e deliberar pela aprovação da greve. Os banqueiros ofereceram uma proposta de 6,1% de reajuste.
Dentre outros pontos, os bancários reivindicam reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real mais inflação projetada de 6,6%); PLR: três salários mais R$ 5.553,15; piso de R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese); Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
Segundo informa o presidente do Sindicato dos Bancários do Piauí, José Arimatea Passos, “os bancos fizeram a última proposta e, segundo eles, não há mais o que negociar agora. Só se pode negociar depois da greve, então, estamos com tudo preparado, as equipes de diretores estão visitando as agências do interior do Estado e levando material para greve”, frisa, acrescentando que está esperando acontecer uma grande assembleia para rejeitar a proposta apresentada de 6,1%, que não cobre nem a inflação do período.
Com isso, a programação, de acordo com o sindicalista, é dia 12, assembleia geral da categoria para rejeitar a proposta; dia 18, haverá uma nova assembleia organizativa para preparar o movimento, e dia 19, greve geral por tempo indeterminado.
Desde já, pondera Arimatea Passos, a direção do Sindicato dos Bancários do Piauí esclarece à população em geral “que antecipe os pagamentos que serão feitos junto às agências bancárias, se for possível, e caso não possa, e o banco estiver fechado durante a greve, o cliente pode pagar um dia após o fim da greve, sem nenhuma punição ou pagamento de juros e tarifa a mais”, esclarece.
Sobre a proposta de aumento de 6,1% apresentada pelos banqueiros na campanha deste ano, Arimatea falou que a categoria considerou como um afronta. “Como é que os bancos cresceram, num semestre, em média 20% a 30% nos seus patrimônios, e oferecem uma proposta inferior à inflação?”, questiona, argumentando que os bancários receberam tal proposta com indignação e desprezo dos banqueiros por essa categoria que na verdade é quem faz esse lucro crescer.
A categoria está entendendo que foi muito desprestigiada com essa proposta de aumento salarial e, por este motivo, “acredito que a indignação vai fazer um grande movimento no Brasil e também no Piauí”, pondera Arimatea Passos, comentando que a greve – marcada para o dia 19 - pode ser evitada, se até este dia os banqueiros reverem suas posições, a paralisação pode não acontecer. “É tão fácil, pois estamos pedindo apenas 5% acima da inflação e tudo isso é negociável”, diz, alertando que, se isso não acontecer, “pode ter certeza que a greve vai ser forte”, conclui.
Assessoria de Comunicação do Sindicato dos Bancários
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