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Piauí é o único do nordeste que não tem laboratório para análise de DNA em casos de violência sexual

Na Delegacia de Proteção á Criança e ao Adolescente da capital são feitos uma média de 30 atendimentos diários e 90% dos casos são crimes sexuais.

O Piauí é o único Estado do Nordeste que não dispõe de um local para analisar o sêmen encontrado nas vítimas de violência sexual, o que contribui para a impunidade dos agressores. Em alguns casos, as amostras são enviadas para João Pessoa, na Paraíba, para que seja feita a análise de DNA.
 A deputada Rejane Dias informou que constatou a situação após visitar os conselhos tutelares, a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente e o Serviço de Atenção às Mulheres Vítimas de Violência Sexual. A visita faz parte dos encaminhamentos da audiência pública realizada na Assembleia Legislativa que discutiu a violência contra menores. Segundo a deputada o objetivo das visitas é conhecer “ in loco” a realidade desses locais e colher sugestões para melhorar a rede de atendimento à criança e ao adolescente.
Criação de mais conselhos tutelares, infraestrutura em vilas e favelas, escola de tempo integral, creches, construção de uma casa abrigo para meninas usuárias de drogas, melhorias na Casa Abrigo, ampliação da rede de atendimento aos menores em situação de risco, equipe multidisciplinar, brinquedoteca, desmembramento da 7ª Vara Criminal que passe a tratar só de casos de violência contra menor e contratação de mais peritos foram algumas sugestões apontadas para melhorar a rede de atendimento à criança e ao adolescente
.A delegada Marcela Sampaio sugeriu a criação de Delegacias de Proteção á Criança e ao Adolescente nas maiores cidades do Estado, atualmente só há em Teresina e Parnaíba. Na capital são feitos uma média de 30 atendimentos diários e 90% dos casos são crimes sexuais. 

No primeiro semestre deste ano foram instaurados uma média de 30 inquéritos por mês.
Maus tratos, negligência e violência causados pela desestruturação familiar e drogas são os principais abusos sofridos por crianças e adolescentes, segundo as conselheiras Tânia Mendes, Regina Santos e Rosa Helena do II Conselho Tutelar, localizado na zona sul de Teresina. E na maioria dos casos, os agressores são padrastos, parentes e conhecidos das vítimas.

Rejane Dias vai apresentar na Assembleia Legislativa o relatório das visitas com as sugestões para melhorar a rede de atendimento à criança e ao adolescente.
Fonte: Ascom

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