O exercício do jornalismo seja numa redação de jornal, televisão ou portal, não combina com o "dondoquismo". Até por que a sua história se fundamenta no questionamento e não no "apadrinhamento". Ao longo do tempo, porem, especialmente no velho e cansado de guerra Nordeste brasileiro, alguns "produtos" da bajulação ocuparam espaços mais por interesses familiares e políticos que por qualquer outra coisa, e passaram a ostentar o valoroso título de "jornalistas".
O Piauí talvez seja o Estado brasileiro onde mais se tem noticia de "jornalistas dondocas". Essas figuras circulam com a maior desenvoltura em torno do poder, buscando as benesses como se essa suposta habilidade tivesse alguma coisa a ver com a profissão. Exibicionistas, fazem questão de demonstrar que estão se dando bem e que ocupam lugares próximos dos poderosos, acumulando empregos que ninguém sabe como a lei permite.
Pode até ser que não, mas no Piauí a Sra. Elisabeth Sá parece ser um belo exemplo desses privilégios. Pelo menos é uma das poucas que consegue ser onipresente nessa arte: trabalha ao mesmo tempo para um senador e uma deputada federal que por obrigação dão ou deviam dar expediente em Brasília, e comanda a assessoria de imprensa da Assembléia Legislativa do Estado onde a maioria dos profissionais tem uma história de luta e de muitas dificuldades.
Consciente de que não é um modelo de combatividade, Elisabeth Sá aumenta a sua "simpatia" na medida em que o poder lhe sorrir com mais consistência. Agora, gaba-se aos quatro cantos da nova proeza do marido, Henrique Pires, que chegou à presidência da Fundação Nacional de Saúde pelas mãos do vice-presidente Michel Temer a quem cercou por mais de oito anos até conseguir o cargo. Consta que temer estava esgotado.
Na realidade a área em torno de Elisabeth Sá é um bom espaço para se aprender a ser "simpático" a poderosos. O seu sogro, Magno Pires tem um histórico de "bons serviços" prestados a poderosos. Por último, esqueceu de fazer artigos elogiando Wilson Martins e agora dedica os seus conhecidos adjetivos ao novo governador.
O Piauí faz escola.
Fonte: Herbert Sousa
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