Há poucos dias foi divulgado o índice de inflação no mês de abril: alta de 0,92% em relação a março. A medição do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mostra que, embora os preços tenham subido menos – principalmente o dos alimentos – a alta continua. Sendo assim, aquela sensação de que seu dinheiro não é suficiente para comprar tudo o que você precisa também continua. Para minimizar o problema, listamos cinco dicas para você usar nesse momento de aperto!
Calcule seu orçamento
“O cálculo da inflação é feito a partir de uma cesta de produtos e serviços específicos, que nem sempre fazem parte dos itens que você consome”, explica Samy Dana, professor de economia da Faculdade Getúlio Vargas (FGV) de São Paulo. Isso significa que o dado oficial pode não se refletir nas suas contas – tanto para o bem quanto para o mal. No entanto, só existe uma forma de descobrir: perceber em que você gasta seu dinheiro. Sendo assim, nada melhor do que uma lista com todos os itens que você compra mensalmente no mercado e, claro, a renda familiar mensal, para saber quanto do dinheiro da família está sendo destinado a cada atividade doméstica.
Pesquise os preços
A pesquisa é sempre muito importante, mas, de acordo com Dana, em situações de alta de preços, se torna essencial. Ainda que você esteja acostumado a fazer comprar sempre no mesmo mercado, vale a pena ficar sabendo o que a concorrência tem a oferecer. Se você souber de alguma oferta especial, por exemplo, verifique se o seu mercado não cobre a oferta. Muitas vezes, como eles não querem perder clientes, adotam essa estratégia. Caso não tenha jeito, verifique se a concorrência tem mais ofertas, e compre por lá mesmo. Se a oferta for interessante, comprar os itens separadamente pode ser vantajoso. Mas não caia em tentações! Só compre exatamente o que precisa.
Seja objetivo
Nessa hora, não dá para esquecer a lista de compras. “Ela é fundamental para que não se compre o que não é necessário e ainda evita que a pessoa retorne várias ao mercado para comprar o que havia esquecido”, destaca Ricardo Balistiero, coordenador do curso de Administração do Instituto Mauá de Tecnologia. A variedade de produtos e os anúncios de promoção podem te levar para o mau caminho, portanto, seja determinado e siga à risca a lista que fez. Balistiero conta que a fome é outra tentação, pois faz com que tudo pareça mais atrativo. Sendo assim, não se vá às compras com fome!
Deixe as crianças em casa
Parece uma dica boba, mas não é. Ainda que o pai seja firme, é difícil negar muitos pedidos aos filhos e, geralmente, eles querem tudo o que veem pela frente, seja aquele doce favorito ou aquela batatinha que ninguém sabe se é boa, mas tem comercial na tevê. Dessa forma, os pais terminam comprando alimentos menos nutritivos e até supérfluos. E isso não pode acontecer nessa situação.
Substitua o que for possível
É claro que não dá para substituir tudo que está mais caro, mas vale a pena deixar alguns itens fora do carrinho por um tempo. Segundo o professor do Instituto Mauá de Tecnologia, basta encarar essa mudança como temporária. A nutricionista ortomolecular e mestre em ciências, Renata Saffioti, sugere que a batata inglesa, que lidera a alta de preços, seja substituída por mandioca, mandioquinha, batata-doce, cará e inhame, que contêm os mesmos nutrientes. Já ofeijão, outro item que teve alta, pode ser trocado por ervilha, lentilha e grão de bico, que também são leguminosas e contêm ferro e proteínas, como feijão. No caso de itens que não têm similares, como o tomate, o jeito é diminuir o consumo mesmo. “Na hora de fazer um molho de tomate, por exemplo, dá para economizar, colocando abobora que faz render mais”, sugere Renata.
Vanessa Sarzedas
Nenhum comentário:
Postar um comentário