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Argentina x Suíça e Bélgica x EUA se enfrentam hoje pelas oitavas da Copa



Três novas forças do futebol e uma seleção bicampeã disputam as duas últimas vagas nas quartas de final. Nos jogos das oitavas desta terça-feira (1), Argentina pega a Suíça, às 13h, na Arena de São Paulo; e Bélgica enfrenta os Estados Unidos, às 17h, na Fonte Nova, em Salvador. Os vencedores dos jogos vão ao estádio Mané Garrincha, em Brasília, no sábado (5), disputar uma vaga nas semifinais.

A Argentina tem Messi, mas tem mais. A seleção garantiu 100% de aproveitamento na primeira fase e levou o título de time com mais fair play. Fez em média oito faltas por jogo e recebeu um cartão amarelo.

A expectativa é que pelo menos 70 mil torcedores argentinos venham até São Paulo. Mesmo sem ingresso, a "invasão" deve ser parecida com a que coloriu de azul Porto Alegre, Belo Horizonte e Rio. Mesmo assim, a Argentina deve jogar pela primeira vez na Copa com a maior parte da torcida contra o time. Segundo dados da Fifa, só 7.500 ingressos foram comprados por argentinos, dos 66.200 lugares do estádio paulistano.

Em amistoso disputado em 2012, a Argentina venceu por 3 a 1, com três de Messi. "Precisamos nos fechar bem na defesa e sair em velocidade no contra-ataque. Pode funcionar contra a Argentina", afirmou o meia suíço Admir Mehmedi. Com duas vitórias e uma derrota, a Suíça ficou em segundo do Grupo E, atrás da França.

A Bélgica também ganhou todos os jogos na fase de grupos. Apontada por especialistas como candidata a surpresa, jogou para o gasto. Venceu Argélia por 2 x 1 e ganhou de 1 x 0 da Rússia e da Coreia do Sul. Os belgas tiveram certas vantagens, é verdade. Foi a seleção com menos quilometragem. Só jogou em cidades-sede da região sudeste, com partidas no Rio, Belo Horizonte e São Paulo. Agora, é a vez de encarar a quentura de Salvador nas oitavas. "Se for para ganhar só de 1 a 0 e ser campeão, está bom. Melhor do que dar espetáculo e ser eliminado na primeira fase", disse técnico Marc Wilmots.

Os Estados Unidos terão um reforço no ataque. Após se machucar no primeiro jogo, Jozy Altidore se recuperou de um estiramento na coxa esquerda e pode ser escalado pelo alemão Jürgen Klinsmann. O time também quer mostrar que merece toda a comoção dos fãs americanos. De acordo com dados da Nielsen, Estados Unidos x Portugal foi o jogo de futebol mais visto na TV americana. Foram 18 milhões de espectadores em média e pico de quase 23 milhões. Bateu os playoffs da NBA e finais do beisebol do ano passado.

Argentina x Suíça, às 13h, em São Paulo
O técnico Alejandro Sabella sabe que não terá o mesmo apoio dos três jogos da primeira fase. E também não terá o atacante Sergio Agüero, com lesão muscular na coxa esquerda. Sabella testou Maxi Rodriguez e Ezequiel Lavezzi como possíveis substitutos.

Em entrevistas antes do jogo, os argentinos mostraram conhecer a Suíça. "Esperamos um rival mais aberto e que possa nos dar espaços para aproveitar nossa qualidade ofensiva. Se o adversário se fechar, não podemos cometer os erros que cometemos contra o Irã, de se desesperar e dar espaços na defesa", disse o lateral Pablo Zabaleta. "O rival é complicado, um time europeu, e vai ser um jogo complicado como todos na Copa do Mundo. Vamos pegar a Suíça, que tem jogadores rápidos por fora. Jogamos contra eles há dois anos e já os conhecemos", lembrou o volante Fernando Gago. "Estava vendo Brasil x Chile e falava-se muito da parte emocional, que é importante neste momento. Alguém já disse que um grama de neurônio pesa mais do que um quilo de músculo", comparou Sabella.


O meia suíço Gökhan İnler falou sobre a dificuldade de marcar Messi, destaque no jogo mais recente das duas seleções. "Foi uma experiência muito impressionante. Naquele tempo já conseguíamos ver que não poderíamos dar espaço para ele jogar. É importante que o nosso meio-campo se posicione bem. Messi é um jogador muito tranquilo no campo. E, rapidamente, ele muda o ritmo e não é simples de conseguir para-lo. Se dermos espaço, vai ser perigoso", comentou İnler.

Em sua décima Copa, a Suíça perdeu a fama de ter uma ótima defesa, chamada de "ferrolho suíço". O estilo rendeu ao time o recorde de mais tempo sem tomar gols. A seleção ficou 557 minutos invicta: quatro partidas de 2006 e quase duas de 2010. Nesta edição da Copa, tomou um gol logo aos 22 minutos do primeiro jogo, contra o Equador. Depois, levou cinco da França, quando perdeu por 5 a 2.

Bélgica x Estados Unidos, às 17h, em Salvador
O treinador Marc Wilmots não inventou muito ao comentar este que é o último jogo das oitavas de final. "Existe um novo torneio agora, pois não fazemos mais cálculos: são 90 ou 120 minutos a cada jogo. É uma nova competição, e estamos com fome pela vitória", disse Wilmots. "É como jogar xadrez: estudamos como o adversário joga, mas ele pode surpreender, temos que analisar cada coisa desde o início da partida, se tiver problema físico tenho que substituir, alguém tem que se responsabilizar pelo que está acontecendo em campo", completou o ex-jogador. No final de treino no domingo (29), em Mogi das Cruzes, na Região Metropolitana de São Paulo, os belgas treinaram pênaltis. Segundo Wilmots, são pelo menos sete boas opções para cobradores.

Bélgica e Estados Unidos jogaram só uma vez em Copas, em 1930. O time americano goleou por 3 a 0. "Agora é o momento. Todo mundo está acompanhando e nos demos conta disso. Se todos forem ao limite, vamos longe nesse torneio. Disse a eles que nossos voos estão agendados para o dia 14 de julho, um dia depois da final. O fim é 13 de julho e queremos estar lá. Passamos pelo grupo da morte, quase ganhamos de Portugal, um dos favoritos, e estamos confiantes para essa nova fase", disse o treinador alemão Jurgen Klinsmann.

G1

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