A chuva que caiu no meio da tarde em Teresina atrapalhou os planos dos líderes do movimento Fora Dilma, na capital, que organizaram o que deveria ser uma "grande festa" com direito a show de forró, para "atrair os manifestantes". Quem foi, chegou quando já estava escurecendo, e demorou pouco no ato que ocorreu em frente à Assembleia Legislativa do Piauí. Quase nenhum político apareceu.
"Acredito que toda chuva é uma bênção divina, mas infelizmente no nosso caso essa bênção nos atrapalhou um pouco. Porque neste caso uma chuva faz com que as pessoas tenham a sensação de se preocupar em estar vindo para a manifestação", disse a médica Adriana Sousa em entrevista ao 180graus. Ela que coordena os protestos no Piauí.
Na manifestação deste domingo, diferente do primeiro movimento no dia 15 de março, a presença de quase nenhum político.
No gramado da Alepi, os manifestantes enfileiraram sacos com o cifrão do real escrito com a palavra "estatal", em uma clara defesa a privatização de empresas. Isso em referência aos desmandos na maior estatal brasileira, a Petrobras, que vem sendo alvo de investigações diante das suspeitas de corrupção por parte de diretores e até de membros do próprio governo.
O governador Wellington Dias (PT) foi convidado pelos líderes do movimento a aparecer e dar sua contribuição "contra a corrupção", mas o chefe do executivo estadual não apareceu.
Enquanto aguardavam pela leitura do manifesto unificado das manifestações no país, o grupo que compareceu à avenida Marechal acompanhava um show de forró.
Em entrevista concedida na última sexta-feira ao 180, Adriana disse acreditar que este domingo seria de um movimento bem maior no país. "Nós acreditamos que nem 5% das pessoas que estão revoltadas com o governo de Dilma foram às ruas. Só foram as que são mais eufóricas, mas muita gente que é a favor da saída de Dilma deve ir às ruas agora". Porém o ato desde domingo encolheu em relação ao do mês passado.
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