A Polícia Civil do Ceará prendeu nesta sexta-feira (7) dois suspeitos de terem participado do assassinato do radialista Gleydson Carvalho na cidade de Camocim (270 km de Fortaleza).
O jornalista foi morto no dia anterior (6) com três tiros dentro do estúdio da rádio Liberdade FM no momento em que apresentava ao vivo o programa “Liberdade em Revista”. Conhecido como Amigão pela população local, Gleydson apresentava com frequência em seu programa denúncias de irregularidades cometidas por políticos da região.
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O casal Gisele de Souza Nascimento e Antônio Carneiro Portela preso acusado de executar o radialista Glaydson Carvalho. |
Segundo o delegado Hebert Silva, responsável pela investigação do caso, as quatro pessoas suspeitas planejaram metodicamente o crime. Nos dias anteriores ao assassinado, os suspeitos alugaram um quarto num pequeno hotel em frente à sede da rádio para acompanhar o dia a dia do radialista e de funcionários da emissora. Para entrar na sede da rádio, fingiram interesse em fazer um anúncio. “Foram duas pessoas que assassinaram e outras duas que deram cobertura. Era uma equipe trabalhando em conjunto para cometer o crime”, disse Silva.
Sobre o crime, o presidente da Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão), Daniel Pimentel Slaviero, afirmou, em nota, que há um aumento de crimes contra jornalistas. “A Abert considera extremamente preocupante o aumento dos atos de violência que buscam impedir a livre e necessária atuação da imprensa e apela às autoridades do Ceará para que apurem, com rigor, mais este crime, que não pode ficar impune”,afirmou.MANDANTES – Segundo ele, os suspeitos receberam R$ 1.800 para assassinar o radialista. A polícia agora investiga quem seriam os mandantes do crime. “Já temos alguns suspeitos [de mandantes]“, disse o delegado, sem divulgar os nomes para não atrapalhar a investigação. O inquérito deve ser concluído ainda este mês.
jornaldaparnaiba
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